Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

A má literatura jurídica


Condenado pela literatura jurídica, jamais pela prática de delitos comprovados contra si, o ex-deputado José Dirceu teve ontem confirmado seu perdão pela mesma Corte que o julgou de forma irregular, pois não tinha foro privilegiado. Aliás, o privata Eduardo Azeredo tinha, renunciou ao mandato, foi a julgamento na 1ª instância e até hoje está impune parecendo que ficará assim eternamente enquanto dure sua existência já que será mais um tucano a ser alcançado pela prescrição.

Nos jornais de hoje, um desses bandidos midiáticos de aluguel esculhamba o STF pela medida. Trata-se de valentia de frouxo. De quem faz coro aos arreganhos dos patrões que incentivaram o desatino jurídico que vitimou Zé Dirceu apenas por seu passado de lutas contra a ditadura e contra a parte do empresariado nacional que se juntou ao banho de sangue promovido em 1964, além deser visto como um sucessor natural de Lula.

A extinção da pena do ex-chefe da Casa Civil ocorre sem estardalhaço midiático, obviamente, com repercussão inversamente proporcional à sua condenação, daí tratar-se de mais uma delinquência midiática a entrar nesse vasto rol. Pior: Dirceu deve continuar preso porque o estado de exceção morista assim o quer, mesmo estando comprovado pelos próprios verdugos da escumalha curitibana não ser ele o tal 'JD'.

Não importa. Mesmo que a economia do país desça ladeira abaixo, mesmo que o ordenamento jurídico vá no mesmo rumo, mesmo que já esteja sobejamente comprovada a total falta de isenção dessa turma, ela continuará a agir impunemente, sem se importar com as consequências dessa vilania. Talvez ache que a literatura jurídica seja permissiva a esse ponto.

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