Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

O campeão do arrocho salarial


Nesse levantamento feito pelo IPEA, a respeito da massa salarial do país, publicado resumidamente hoje no Diário do Pará com ênfase no caso vergonhoso do Pará, em tese o mais rico e populoso estado da Região Norte, ao mesmo tempo que tem a pior média salarial, chama a atenção a espantosa queda do poder aquisitivo da classe trabalhadora.

Segundo esse estudo, no 2º trimestre de 2014, o vencimento médio no Pará era de R$1.468,00; e hoje está em R$1.353,00, bem abaixo de estados como Acre(R$1.626,00) e Tocantins(R$1.656,00). Não falemos nem de estados como Amapá e Roraima,cuja média salarial sobe e ultrapassa a casa dos 2 mil reais por conta dos servidores públicos receberem remuneração via governo federal, o que pode influenciar a alta média, bem como a liderança desses estados na região.

No entanto, é público e notório que a falta de uma política salarial, ou flagrante desrespeito àquelas de âmbito nacional que nos atingem ajudam bastante a entender a situação. Veja-se, por exemplo, o caso do piso salarial dos professores da rede estadual, desrespeitado desde sua implantação até hoje pelo governador, assim como o salário mínimo enquanto vencimento base o é pelo prefeito de nossa capital.

Além disso, somos campeões na vil prática do trabalho escravo e talvez o único estado do país em que supermercados fecham aos domingos porque a justiça do trabalho não permite dupla jornada,vale dizer,não permite condições análogas à escravidão, o que desagrada empresários inescrupulosos,por sinal, acobertados por governantes omissos.

Um dos resultados dessa incúria é que lideramos com folga na região o ranking dos estados mais dependentes do programa federal Bolsa- Família. São cerca de um milhão de famílias em nosso território que dependem desse benefício para terem um mínimo de dignidade pra viver.

Padecemos pela desgraça de sermos linha auxiliar do tucanismo paulista que nos impõe o modo de governar. Somos filhos bastardos da Lei Kandir, que nos surrupia bilhões em recursos oriundos de impostos a pretexto de incentivo às exportações de manufaturados; somos inspirados pelo arrocho salarial imposto na paulicéia à classe trabalhadora, daí hoje São Paulo já não ser mais detentor da metade do PIB nacional; e somos linha auxiliar dessa política colonial, e o seremos enquanto formos governados por tucanos. Não dá!

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas a turma dele recebe salários altíssimos!