Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

H. Milhões


Quando exerceu o cargo de governador do estado pela segunda vez(1990-1994), o hoje senador Jader Barbalho ficou conhecido como 'Jota Bilhões' por desafetos irônicos, pois costumava desfiar em seu programa radiofônico diário a quantidade de bilhões de cruzeiros destinados a municípios e obras diversas, anunciadas com bastante pompa, embora recorrentemente tudo não passasse de lorota.

Jader saiu do governo e deixou o estado em situação pré falimentar, principalmente pela torrente de AROs(Antecipação de Receitas Orçamentárias) que operou, comprometendo o orçamento do estado até um futuro bem mais distante.

Hoje, o jornal familiar anuncia que o filho de Jader, Helder, inquilino golpista do Ministério da Integração Nacional, está anunciando a concessão de incentivos fiscais que onerarão a conta governamental em R$21 milhões a mais, sob pretexto da geração de 1.800 empregos.

Pura balela. Fruto da falta de osso na língua, que faz o incauto cair na máxima 'faça o que digo, mas não o que faço'. No caso, tudo aquilo que Helder e sua mídia familiar condenam no atual governador tucano, parece propenso a usar a pasta ministerial que ora ocupa pra fazer o mesmo. E com o ingrediente extra do uso dos métodos herdados da família.

Na verdade, é cristalino que o obsessivo candidato pemedebista  ao governo do Pará, em 2018, usa de todos os artifícios possíveis para cooptar politicamente a Federação das Indústrias do Estado do Pará. Mesmo que esta não seja uma entidade dotada de grande representatividade, sempre foi uma aliada importante dos sucessivos governos tucanos em terras paraenses.

Vejamos se o toque do flautista atrai essa romaria, ou, se o trauma de 1990, quando a FIEPA foi derrotada junto com seu candidato Sahid Xerfan por Jader Barbalho, ainda não foi superado por aquela corporação, que ainda marchará com a privataria. De qualquer modo, o que chama a atenção é a volta de métodos nem tão atuais na cooptação política, por parte de um candidato que tem tanto apego à ideia de ser governador quanto ao fato de, para isso, recorrer ao que estiver ao seu alcance. Credo!

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