Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Dilma desenhou. Será que Caiado entendeu?


O Senador Ronaldo Caiado pergunta a Dilma Rousseff porque ela não falou das dificuldades econômicas que o Brasil viveria após sua eleição e duvidou que na campanha eleitoral fosse impossível prever o que aconteceria com as receitas.

Dilma explicou a despencada dos preços do petróleo e e outras commodities essenciais para a economia brasileira.

Vou dar um exemplo que a poderia ter usado e que torna fácil compreender isso.

Imagine-se que o Senador Caiado, bem-sucedido ruralista, fosse dono de uma “fazenda de petróleo” e produzisse 100 mil barris por mês.

No dia das eleições, a sua receita era de 91,1 milhões de dólares e era com esse valor que ele montara o orçamento de despesas e investimentos que faria. No dia 5 de janeiro, passa a festa de posse no dia primeiro, a receita de petróleo da fazenda do Sr. Caiado, teria uma receita de apenas 45,5 milhões de dólares. Porque foi essa variação, de 50%, a do preço do petróleo.

Mas suponha que, além do petróleo, o Sr. Caiado minerasse ferro e produzisse também 100 mil toneladas de minério por mês. No dia das eleições, faturava US$ 8 milhões. Já em janeiro, faturou apenas 6,7 milhões.

E, como homem do agronegócio, tivesse também planejando, ao colher, em maio de 2014, quando terminava a colheita de suas 100 mil toneladas de soja, pudesse repetir os ganhos no início do ano seguinte, quando colhesse a próxima safra o mesmo resultado de US$ 52,8 milhões. Só que, com a queda do preço, a colheita rendeu apenas 36,7 milhões.

Será que o senhor Caiado, competente empresário, poderia fazer algo?

Será que ele poderia prever isso?

O que ele poderia fazer quanto a isso? Iria à Bolsa de Chicago, revólver em punho, exigindo um aumento das cotações?

Ou iria devolver umas quantas colheitadeiras, deixar de compras escavadeiras, paralisar e desmontar algumas sondas. Porque é isso o que se faz e se fez, por exemplo, nos Estados Unidos, onde quase duas mil sondas de petróleo estão desmontadas por conta da queda do preço do barril.

E claro que Caiado, também, ia cortar o boião dos peões e mandar muitos dele embora, caminhando estrada a fora com suas modestas trouxas e badulaques.

A explicação é tão simples que até Ronaldo Caiado a entenderia, se acaso quisesse entender alguma coisa.
(Tijolaço)

Nenhum comentário: