Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Da unção do substituto de Cunha à condenação do pai do ungido


E o 'Menino Maluquinho', Cesar Maia, ex prefeito da cidade do Rio de Janeiro e pai do deputado Rodrigo Maia, presidente tampão da Câmara Federal em continuidade ao mandato do afastado Eduardo Cunha, foi condenado pela  10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça(RJ) por improbidade administrativa. Além da perda de seu mandato na Câmara Municipal, Maia também terá seus direitos políticos suspensos por cinco anos.

Maia 'Maluquinho' é acusado por contratar ilegalmente o escritório de advocacia Saboya Advogados Associados, chefiado na época pelo advogado Paulo Saboya, então cunhado de Cesar Maia. Além do parentesco, o contrato foi firmado sem licitação e a defesa com dinheiro público foi de réus que eram investigados em outro processo e por fazer contratos, sem licitação, entre a empresa municipal de turismo Riotur e a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), para promoção do carnaval carioca.

Como sabemos, boa parte dos membros da Liesa passou grande parte de suas vidas atrás das grades, embora tenha passado menos do que deveria, mesmo que autoridades irresponsáveis como Maia tenham tido a audácia de usar recursos do contribuinte pra tentar limpar aquilo que já está definitivamente maculado ao longo de décadas, constituindo-se autêntico escárnio a torpe atitude do ex-prefeito.

Claro que ninguém vai aqui condenar o deputado Rodrigo Maia por conta da condenação do pai, afinal, não vivemos sob ordenações para tecer condenações apenas por parentesco. No entanto, é público e notório que essa é uma situação emblemática do patrimonialismo social brasileiro do qual a política é um dos mais pujantes aspectos.

Certamente, se não existisse César não existiria Rodrigo na medida em que o complemento do ciclo do primeiro no âmbito parlamentar nacional, certamente a juízo dele, deveria ser resolvido de forma familiar, aliás, como o campo conservador faz, daí a opção preferencial pela solução familiar, em detrimento do surgimento de eventual liderança independente.

Por isso, pela dependência do legado de seu pai, Rodrigo, o atual presidente da Câmara dos Deputados é nitidamente a continuidade desse processo de reserva de mercado ao mandonismo exercido por brancos, ricos, conservadores e já 'coroas'. A julgar por esse legado, o hoje jovem Rodrigo chegará lá, pelo menos no que diz respeito à idade, já que os outros requisitos já estão preenchidos.

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