Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

A orquestra


Só há um jeito para livrar o pescoço de Cunha da forca da justiça: adiar o desfecho do seu processo para o pós-impeachment; se o golpe vingar, o operador será premiado e salvo.

Assim como Romero Jucá continua informalmente como ministro interino do golpista Temer, mesmo depois de flagrado em conversas que desnudaram toda a sordidez do ardil golpista; Cunha é uma espécie de presidente oculto da Câmara Federal para assuntos de formação de quadrilha.

Como a justiça brasileira faz que não vê essa enrolação, muito menos considera obstrução da justiça, então, essa vergonha vai ocupando as páginas políticas do jornalixo oficioso, quando, na verdade, seria caso típico de noticiário policial.

Enquanto isso, tanto o Legislativo quanto o Executivo operam medidas pró impunidade, conforme visto ontem, com a retirada da pauta dos trabalhos legislativas de medidas que tramitavam em regime de urgência de combate à corrupção, tudo sob o olhar safadamente cúmplice da mídia conservadora.

Ressalte-se, a bem da verdade, o texto dissidente dessa postura unificada do colunista da FSP Bernardo Mello Franco, expondo a vil manobra e criticando o conluio entre golpistas, mídia e aquele segmento social que se indigna seletivamente, com postura furibunda umas horas e silente em outras.

Como nota Bernardo, "o Planalto postergou a votação de medidas como a criminalização do caixa dois e a tipificação do crime de enriquecimento ilícito. Se a operação tivesse sido conduzida em outro governo, o país voltaria a assistir a panelaços e protestos nas praças públicas. Mas os textos foram assinados por Michel Temer, que também é um homem de sorte."

O que Bernardo chama ironicamente de sorte é a impunidade que acoberta tanto o maestro dessa canalhice quanto seus operadores, um o deputado Fernando Giacobo, que presidiu a sessão, uma espécie de  João Alves do século XXI, pois já ganhou 12 vezes na loteria em um espaço de 15 dias e a único resultado do inquérito aberto pela PF pra apurar tanta "sorte" foi o benefício de presidir a Câmara na hora de operar vigarices como essa.

O outro, líder do governo, deputado André Moura, outro "sortudo" que, ainda segundo Franco, é réu em três ações penais no STF e três inquéritos, um dos quais por suposta prática de tentativa de homicídio, além de já ter sido condenado por uso de verba pública em um churrasco.

De fato, com esses solistas o maestro Cunha tem todas as chances do mundo de voltar ao palco e continuar regendo essa orquestra. Credo" 

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