Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Liberdade de expressão como álibi para foras da lei


Logo após o golpe que violentou a democracia brasileira e depôs o legítimo presidente João Goulart, em 1964, era proibido falar em ditadura porque os golpistas daquela época, com apoio de seus vassalos midiáticos, consideravam que aquele ato teratológico era a redenção da democracia. Assim foi até os anos 1980, quando aquele regime discricionário começou a cair de podre e até vassalos de outrora passaram a usar o termo.

Hoje, quando vemos uma ministra de nossa Corte Suprema tentar intimidar uma presidenta usurpada em seu legítimo direito, por usar a expressão correta e adotada no mundo todo pra definir o fato que culminou na referida usurpação, constatamos a semelhança no comportamento da corte que chafurda no entorno da vil manobra que nos levou à situação que o mundo todo deplora.

O que melhor traduz essa torpeza, talvez seja a reação furibunda e desonesta da vil escrevinhadora Eliane Cantanhede, desonesta jornalista que resolveu operar o recall macabro da retórica golpista de 64, reprovando e condenando sem autoridade moral a presidenta usurpada, por esta o golpe ora dado contra nossa democracia.

Diz a festeira de sinistrose, "Aliás, há quem diga, principalmente nas Forças Armadas e na diplomacia, que um outro crime de responsabilidade de Dilma foi, e é, insistir na história do 'golpe' no exterior. Para parlamentares, isso configura calúnia e difamações contra as instituições brasileiras: o Supremo, a Câmara e o Senado. Sem falar nos ataques do PT ao MP, à PF e à mídia, pilares da democracia".


Tal e qual em 1964, os golpistas resolvem colocar-se como os donos da nação, mesmo diante de sua falta de legitimidade, já que não passaram pela consulta popular para colocarem-se no papel que não lhes cabe, então, transformam os pertinentes questionamentos a eles dirigidos em ofensas ao país, ignorando cinicamente que mais de 90% da população repudiam sua vilania golpista.

Pior. O mundo todo faz eco ao discurso que denuncia essa aventura de meliantes ávidos pela proximidade do cofre. Basta ver as capaz dos jornais pelos quatro campos do planeta pra constatar como esse golpismo é desprezado e repudiado. Taí a diplomacia de caverna do privata Serra que não deixa ninguém mentir.

De tudo isso, resta outra constrangedora constatação: a depravação jornalística ora vivida no país, a ponto de jornalistas clamarem por censura e delação de desafetos, como fizeram a vil jornalista e a organização golpista global. Logo eles, que estão há anos vivendo na condição de foras da lei, desde que a lei que os colocava sob tacão na ditadura foi extinta pelo STF. E reagiram a qualquer tentativa de uma nova lei como ataques à liberdade de expressão. Lamentável! 
(Com informações e foto do Brasil 247)


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