Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

A quadrilha que chegou primeiro


Apesar de considerá-lo um dos seres humanos mais abjetos nascidos nesses mais de oito milhões de quilômetros quadrados, em 516 anos, adorava o poder de síntese de ACM pela rara capacidade de definir em poucas palavras nacos e pessoas da conjuntura política.

Nunca esqueço a emissão de juízo definitivo a respeito da profissão de jornalista no Brasil, algo que parece ter sido consolidado após sua sentença. Hoje, quando se conta nos dedos, talvez sem usar todos, aqueles que gostam de informação, contrastando com os que ficaram cada vez mais a cara dos patrões, notamos o quão perspicaz foi ACM na hora de suas tiradas, sendo essa, repita-se, o carro chefe.

Paulo Henrique Amorim lembra mais duas dessas definições 'dedo na ferida', atualmente tornadas oportunas em razão do golpe dado pelo usurpador Temer, na medida em que referem-se a dois tentáculos daquele que FHC enigmaticamente chama de Jader Barbalho paulista.

Um é Wellington Moreira Franco, ex-governador do Rio de Janeiro, marionete da Rede Globo, usado para contrapor-se a Leonel Brizola. Dele, Moreira, ACM dizia que não podia ficar no mesmo cômodo em que estivesse um cofre. Hoje, quando assessora Temer e ameaça vender até a Casa da Moeda, constata-se o porquê do perigo da convivência entre ele e um cofre em um mesmo compartimento.

Outra definição precisa de ACM é sobre Eliseu Padilha, uma espécie de topógrafo do golpe Temer...ário, quando rastreou todos os cargos da estrutura organizacional do governo federal e colocou seu mapa nas mãos de Temer, que solapou a base parlamentar de Dilma e deu a partida à formação da base golpista.

Por isso, e por outras coisas, ACM o chamava de 'Eliseu Quadrilha'. Sem entrar em detalhes na gestão bandalha à frente do Ministério dos Transportes, nos tempos da privataria tucana, basta ressaltar essa missão que lhe foi confiada por Temer e que ele desempenhou com extrema eficiência e falta de pudor, tanto que o interino não consegue dar um passo adiante naquilo que seria administrar o país, no entanto, no quesito preenchimento de cargos, parece um governo que já dura décadas.

Ora, isso traduz cristalinamente os propósitos temerários e o apetite pantagruélico desses que se apoderaram interinamente da coisa pública e ameaçam sentar praça definitivamente, transformando-a em butim. Conseguirão?

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