Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Briga de gangues


Glenn Greenwald, jornalista que venceu o prêmio Pulitzer(2014), considera bizarro que envolvidos em "chocantes" escândalos de corrupção, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Eduardo Cunha e Michel Temer, sejam os principais operadores de uma conspiração pra derrubar a presidenta Dilma Rousseff, contra a qual até aqui nada há que desabone sua conduta de servidora pública. Suas contas eleitorais foram aprovadas pelo TSE, depois desarquivadas por um ministro claramente partidário; e seu desempenho na chefia do Poder Executivo é reconhecidamente ilibado.

Diante dessa bizarrice, um jornalista competente, equidistante e honesto, como Greenwald, só poderia chegar à conclusão que chegou: a tentativa de apear Dilma do poder intenta fortalecer a corrupção, atualmente considerada pela população brasileira como a maior praga a nos atormentar, embora essa percepção às vezes se confunda com o ardil que a colocou no topo de nossas preocupações, exatamente porque hordas de larápios a utilizam como slogan auto promocional, como os assaltantes acima citados.

Pra piorar as coisas, a mídia convencional um dos nichos mais bandidos que hoje temos, faz coro aos bandidos e grita pega ladrão, enquanto opera de forma acintosamente desonesta.

Vejamos, por exemplo, o caso da polêmica entre A Folha de São Paulo e Globo. A primeira endossa o blábláblá da candidata derrotada nas eleições passadas, Marina Silva, sabidamente uma serviçal dos interesses do Banco Itaú, que lhe forneceu estrutura logística pra andar pelo país fazendo sua pregação e a ajudou a fundar um partido pra chamar de seu, embora seja nítido o que viria de eventual fortalecimento do conluio sob o mando da aparente dona da legenda. Na verdade, uma linha auxiliar dos ditames dos donos daquele banco, sabidamente imiscuídos na política, através de gente como Marina. acrescente-se, ainda, o interesse da FSP, uma empresa que já contou com tiragem de mais de 1 milhão de exemplares e hoje mal deve chegar a dez por cento disso, daí o interesse pela troca do controle no BNDES.

Já O Globo, fechado com o golpe rastaquera engendrado por aquele conluio bandido de que fala Glenn, continua apostando na alternativa Temer por tudo que até aqui foi orquestrado e dado como fato consumado. Como abomina o povo brasileiro, os Marinhos e seus vassalos ainda não desistiram de seu intento, afinal, estão mais acostumados com cheiro de cavalo do que de povo. Mesmo sem as armas, esses barões avassalados ainda sonham com uma trupe brancaleônica que os assegure a tomada do poder.

Claro que essas possibilidades ficam cada vez mais remotas. Todavia, essas duas gangues não estão preocupadas com o futuro do Brasil, mas com as benesses que podem advir de suas aventuras. O certo é que jamais sucumbirão serenamente ao triunfo da democracia. Como velhos bandos golpistas, estarão sempre alertas à possibilidade, mínima que seja esta, de tramar contro o governo legítimo que aí está. Eles são assim, entende?

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