Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 21 de março de 2016

O Congresso caminha para acanalhar-se novamente


Serra imagina estar fazendo com o governo o mesmo que FHC fez com Itamar, após a deposição de Collor. No entanto, o clima ora vivido pelo país é mais parecido com o experimentado em 1964.

Serra, que era presidente da Une à época do golpe militar/empresarial que depôs Jango, não vivenciou aquele período em terras brasileiras já que foi um dos primeiros a fugir. Talvez, isso explique a confusão a respeito de acontecimentos históricos.

Jango foi vítima da canalhice do presidente do Congresso, senador Auro de Moura Andrade, que declarou vago o cargo de presidente do Brasil, com Jango estando em terras brasileiras.

Serra vale-se da cupidez de um vice presidente da República inescrupuloso que, mancomunado com um ladravaz ocupante da presidência da Câmara, aceleram um golpe de estado, dessa vez não mais pelas mãos das Forças Armadas, pela via autoritária e reacionária de togados inconsequentes que sequer conseguem imaginar o day after de suas decisões.

É nesse clima artificialmente criado que o tartufo José Serra opera a fim de atingir objetivos que jamais seriam alcançados em um ambiente de normalidade institucional e clima democrático. Rejeitado pela população brasileira duas vezes, vinga-se desta através desse atalho acanalhado que urde na companhia de notórios bandidos.

Julga ser legitimado pela operação nefasta da mídia reacionária e partidarizada, que não teve qualquer escrúpulo em declarar-se partido de oposição. Em seu imaginário doentio, uma reles pesquisa de opinião pública feita por orgão altamente suspeito, visto fazer parte do conglomerado midiático que se assumiu como oposicionista ao atual governo, substitui uma eleição limpa e legítima, realizada no final do ano retrasado.

À margem do que ocorre nas ruas, Serra segue indiferente atropelando aparentes aliados em busca de realizar seu desejo obsessivo. Falam que Aécio é o troféu que a malsinada operação Lava Jato ofertará á sociedade brasileira como forma de demonstrar a imparcialidade que todos sabem não existir.

O que isso tudo ilustra é a mediocridade de homens públicos, aos quais o povo confiou protagonizar papéis decisivos em momento histórico singular. No entanto, o que se assiste é um desfile de homúnculos incapazes do desempenho. Pior. Essa pequenez está produzindo apenas um efeito, e nada agradável: levar a Nação ao derramamento de sangue.

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