É tempo de Judas e bodes expiatórios

Em matéria de conspirações golpistas a direita é, inegavelmente, insuperável. Por isso, a coluna tenebrosa do global Lauro Jardim pode estar certa a respeito de Aécio Neves passar a ser alvo prioritário, na mira do bando curitibano.

Segundo a dita coluna, os procuradores fundamentalistas do conluio morista "precisam arrastar um peixe grande do PSDB. Não querem ser acusados de fazer uma investigação direcionada ao PT". Atenção! A tal frase parece ter sido dita seriamente, embora a galhofa seja inevitável diante do histórico de manobras, vazamentos, declarações e procedimentos em geral, por sinal, iniciados propondo ignorar o período anterior a 2003, a Era da Privataria Tucana, justamente quando a porta da Petrobras foi arrombada pra que ladrões invadissem e pilhassem aquela estatal.

Feita a concessão, de sacrificar um tucano no altar do moralismo sacripanta do sequestrador togado, só na Lista de Furnas há centenas de outros envolvidos até o pescoço, inclusive o ladravaz FHC, que vive esgueirando-se pelas esquinas da impunidade, receoso de investigações aprofundadas que cheguem a seus mal feitos e acabem reservando a ele o mesmo destino dos comparsas internacionais Menem, Fujimori e outros assaltantes.

Resta saber se Aécio concorda em ser rifado para deixar a vaga de pretendente ao posto máximo da República, via golpe ou dentro das regras do jogo democrático, a um paulista, provavelmente Serra, o mais articulado com o dinheiro dos fundamentalistas republicanos do Tea Party.

Já disse anteriormente que Aécio está virando o Demóstenes peludo. Este,quando ensaiou botar a boca no mundo, revelando uma ínfima fração das bandidagens do gangster Ronaldo 'Rouba, Mente e Trai' Caiado, apareceu uma enorme tropa de bombeiros e apagou o início daquele fogaréu e o Código Penal que o escravagista Caiado carrega às costas permaneceu fechado.

Resta saber se Aécio terá a mesma docilidade e ficará de boca fechada diante de tudo que sabe ter sido feito por seus comparsas privatas, principalmente durante o inverno e primavera passados, mais precisamente antes das eleições presidenciais de 2014. A checar posteriormente.