Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

O não governante


Segundo demonstra a jornalista Ana Célia Pinheiro, em seu blog A Perereca da VizinhaEm 2014, pelo quarto ano consecutivo, o Pará foi lanterna de investimentos da Região Norte e, também pelo quarto ano consecutivo, perdeu até para o Maranhão e Piauí, dois dos estados mais pobres do Nordeste e do Brasil.
O Acre investiu 19,05% de tudo o que gastou. Roraima, 14,51%; o Amazonas, 14,22%; o Tocantins, 12,52%; o Amapá, 9,09%; Rondonia, 8,27%
O Maranhão investiu 13,02% do total da despesa; o Piauí, 12,29%
Já o Pará investiu apenas 7,97% de suas despesas totais
E olhe que 2014 representou o melhor nível de investimentos de Jatene.


Apesar disso, ou até por causa dessa incapacidade de gestão, Simão vive a clamar por compensações, por recursos federais repassados a título sabe-se lá do que, sabendo-se apenas que seriam abduzidos pela mesma nave misteriosa que já deu sumiço nas receitas orçamentárias oficiais, as maiores dos últimos 20 anos, conforme informa Ana Célia.

Ainda no domingo último(21), o panfleto tucano/liberal que acumplicia-se ao governador nessa verdadeira tentativa de extorsão estampou em sua capa que o Pará era lesado em mais de R$130 milhões pela União, dinheiro que deveria fazer frente a ações que mitigassem impactos nas comunidades locais dos municípios onde são construídas hidrelétricas.

Dito dessa forma, a impressão que passa é de negligência do poder central em tomar medidas que minimizem o impacto dessas construções. No entanto, no próprio corpo da matéria, tem-se ciência que essas ações fazem parte, sim, dos projetos de construção desses empreendimentos. Apenas são gerenciados por orgãos do governo federal, em parceria com as prefeituras dos municípios impactos.

Ao governo estadual do Pará nada resta porque este assim o quis. Ao vender a companha estatal distribuidora da energia consumida em nosso estado lavou as mãos e abriu mão dessa tarefa, logo, seria nebuloso que recebesse os recursos disponibilizados às ações pertinentes a redução dos citados impactos. Se não em obediência a boa técnica orçamentária, pela recorrente prática do atual governo em dar sumiço em recursos orçamentários diversos.

Que bom que esses mais de R$130 milhões estejam fora do alcance do tucanato paraense. Pelo menos estão livres do "pedágio" midiático que a tudo encarece, aquilo que é feito, mas, principalmente do que não é feito e que nos leva à lanterna dentre todos os estados da federação brasileira no quesito investimento público, algo que fatal e inversamente vai nos consolidando como campeão de indicadores negativos, seja na área da saúde, da educação, da segurança pública, da moradia, da renda per capita e quaisquer outros indicadores que se utilize. Enfim, vivemos, como demonstra Ana Célia Pinheiro, um estado de não governo.

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