Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Clima de euforia


O PMDB revive o clima de 'Nova República', que elegeu Tancredo Neves e empossou José Sarney no primeiro governo pós ditadura.

Agora, o novo vem nominado como 'Ponte Para o Futuro'. Mesmo que os construtores dessa ponte sejam figuras que já estão aí desde o século passado pulando de governo em governo a fim de morder um naco do poder, consideram retalhos do neoliberalismo, rejeitado em seu todo nos tempos da privataria, como propostas capazes de seduzir a população.

Imaginam herdar o espólio tucano e adicioná-lo ao seu tamanho político fazendo disso a fórmula perfeita pra ganhar as eleições de 2018. Como sempre, devem invadir regionalmente as linhas inimigas, consolidando esse poderio no maior número possível de grotões.

O evento realizado ontem, cá em Belém do Pará, reunindo parte do empresariado local, o presidente da república em exercício e demais lideranças do partido, para ouvir, propor e coonestar o evento, quase simultâneo a um outro comandado pelo governador do estado, dá bem a ideia do objetivo de aniquilamento do adversário ao usar a estrutura do governo federal pra instalar um governo paralelo.

Nacionalmente, assistimos no meio da semana a uma das mais patéticas chantagens dos últimos tempos, quando o governo acabou negociando a aprovação de um projeto que confronta a história e o programa petista, e pode comprometer o futuro da nossa mais querida empresa estatal, a Petrobras.

Paulo Henrique Amorim explica a provável chantagem relacionando-a ao que aprovou o STF a quando da definição do rito do impeachment presidencial, obrigando que o mesmo seja votado no Senado Federal, o que aumentou o poder de barganha do Renan Calheiros, que não hesitou em usar naquela ocasião condicionando: Dilma, não interfira na aprovação do monstrengo de Serra que entrega o pré-sal às petroleiras estadunidenses, que nós inviabilizaremos o seu impedimento.

Mesmo que as especulações de PHA não sejam o retrato fiel daquela situação, reflete o nível de empoderamento construído pelo partido do Temer, a cada crise que o governo enfrentou e sempre recorrendo à mesma tática: mais cargos ao PMDB. De grão em grão,parece que a galinha empanturrou-se.

Resultado: um ar de triunfalismo e aquele sorriso soberbo estampado no rosto de cada um dos pemedebistas que já se imaginam titulares da governança brasileira. Se falta combinar com os russos- a população- é outra coisa. Mas ninguém pode negar o clima de euforia semelhante ao vivido logo após a derrota da Emenda Dante de Oliveira, seguida da derrota(auto consentida?) da ditadura no colégio eleitoral. E depois?    

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