Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

A malsinada toga


Gilmar Mendes esteve no centro da privataria tucana, como advogado geral da União, período em que mais se roubou nesses quase 130 anos da república brasileira. Não por acaso, usou o cargo de presidente do STF e foi em socorro do banqueiro Daniel Dantas quando este foi preso pela 'Operação Satiagraha. Ato contínuo, junto com a revista Veja e o então senador Demóstenes Torres, inventou o termo 'estado policial' iniciando uma operação-abafa contra diversas investigações que apuravam essas ladroagens.

O livro 'Operação Banqueiro', do jornalista Rubens Valente(Geração editora), esclarece muitos dos fatos desse período e da proteção sob a toga de Mendes do banqueiro Dantas, tido e havido como "símbolo da onda de privatizações de estatais, cujo banco de sua propriedade arrematou empresas ligadas a transportes e mineração e uma das maiores companhias telefônicas do país, a Brasil Telecom".

Por isso, quando Gilmar Mendes acusa o PT de ter dinheiro pra gastar em campanhas eleitorais até o ano de 2038, fruto dos desvios de recursos da Petrobras, é óbvio que Gilmar defende-se atirando. Primeiro, porque sabe muito bem como a ladroagem na nossa estatal do petróleo teve e início, bem como quem começou o assalto; e segundo porque é preciso desviar o foco dos verdadeiros responsáveis, todos, como Gilmar, aliados da mídia que manipula o noticiário a respeito das investigações em curso.

Resta ao PT enfrentar a briga com Mendes e acioná-lo judicialmente a provar a acusação que faz. É verdade que o ministro esconde-se atrás da toga quando instado a provar as acusações que faz, fruto de seus constantes destemperos verbais. No entanto, nada é pior do que a inércia e a inação.

Nesse momento em que a direita, mais uma vez, criminaliza a política por encontrar-se fora dos postos de comando do país e elege heróis togados, torna-se urgente resgatar o embate político. Trazer à cena a direita rapace escondida atrás dessas capas pretas e da mídia sombria que vive a anunciar o caos.

Como jurista,Gilmar não produziu uma frase que prestasse.Tudo que o faz ser notado são suas opiniões políticas, por sinal, marcadas por aquilo que Joaquim Barbosa, em bate boca no plenário do STF, declarou envergonhar aquela Corte. É isto que o PT tem que trazer à tona na cena política, pelo menos tentando romper a blindagem midiática que o protege. Apenas isso.

Nenhum comentário: