Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

A hora é essa


Como é do seu estilo, o secretário nacional dos portos, Helder Barbalho, vai assumindo uma espécie de co-governança do Pará, principalmente na área de infra-estrutura, onde o governo Jatene é quase nulo.

Recorde-se que quando Helder era prefeito de Ananindeua praticamente abandonou o município, em seu derradeiro ano de mandato, e saiu pelo estado levando sua figura de candidato à sucessão de Simão pelos quatro cantos do estado, utilizando-se do aparelho de uma associação de prefeitos.

De ontem pra hoje, segundo o jornal da família do secretário, um investimento do governo federal, estimado pelo próprio Helder em R$1,2 bilhão será feito no Pará, R$600 milhões à região de Santarém e R$600 milhões no derrocamento do Pedral do Lourenço, na hidrovia do Tocantins,obra que não começa porque há muito político querendo abocanhar um quinhão desses custos, daí o preço daquela obra ser o maior entrave à sua realização.

Além disso, o ex-alcaide ananin aproxima-se do Ministério dos Transportes a fim de ter algum tipo de acesso aos leilões para a concessão à iniciativa privada do trecho de 330km da BR-163, entre Itaituba e Santarém.

É nesse sentido que, se tudo correr dentro das expectativas do secretário dos portos, o governo federal praticamente substituirá o governo do estado, este completamente alheio à urgência urgentíssima dessas obras por omissão e politicagem, nessas regiões,embora deva-se ressaltar que o termo "substituição" é mera força de expressão na medida das dificuldades dessa operação quando o sujeito é inexistente.

De qualquer forma, com o anúncio dos aludidos leilões previstos já para março próximo, bem como o lançamento do edital de licitação para derrocamento do Pedral para mais próximo ainda, daqui a oito dias, certamente teremos, inevitavelmente, as eleições municipais de outubro deste ano já sob o clima dessas iniciativas, isto é, um ambiente bem mais otimista do que deseja a oposição ao governo federal, cuja fé cega na pregação midiática do ambiente pessimista tornou-se a tábua de salvação política.

Sem querer reduzir a necessidade do investimento na logística de nossa infra-estrutura de transportes aos interesses eleitorais de quem quer que seja, não dá pra não fazer a ressalva. No entanto, é mais uma oportunidade que o Pará tem de ver solucionados alguns dos mais urgentes problemas que o puxam para trás e ajudam a consolidar nosso atraso. A hora, mais uma vez, é essa. Basta que os políticos trabalhem a favor.

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