No texto, porém, são apontados outros crimes:
“A chegada da Lava Jato mudou a rotina do bairro do Portão, em Atibaia, limite entre a cidade e a área rural onde fica o sítio usado pelo ex-presidente. Vizinhos e comerciantes da região têm sido questionados pelos procuradores do Ministério Público Federal sobre a frequência das visitas, rotina e companhias do petista no local.
No depósito Dias, que forneceu parte do material para a reforma do imóvel, em 2011, os procuradores realizaram duas buscas de documentos e notas fiscais da época. O atual dono, Nestor Neto, que assumiu a loja em 2014, afirmou que o objetivo era encontrar provas e buscar novas informações. Há suspeita de que a Odebrecht pagou parte da conta. “Os procuradores analisaram algumas documentações antigas, como notas e comprovantes, que ainda estavam na loja.Acessaram salas que estavam fechadas pelo dono do prédio e eu não tinha mais acesso”, disse Neto. Duas atendentes da padaria Iannuzzi, que fica no acesso ao sítio, dizem que a ex-primeira-dama Marisa Letícia comprava no local.
Observem o kafkiano do processo: “descobriram que D. Mariza fazia compras na padaria Ianuzzi”!
Qual é o problema de fazer compras nessa padaria ou na Panificação Santo Antônio, do famoso “seu Manuel da padaria”? E num lugar onde nunca negou frequentar?
O que é que alguém tem a ver com o número de vezes que Lula foi a um sítio onde ele próprio diz que vai?
O que é que alguém tem a ver com quem vai?
E qual seria o problema se algum empresa tiver dado algum material para que se reformasse um sítio que ele frequenta?
Haveria problema, por exemplo, se uma delas desse a Lula, já fora do Governo, uma garrafa de vinho Romaneé Conti (lembram do vinho do Duda Mendonça?) das 114 arrematadas há pouco tempo num leilão da famosa Sotheby’s por US$ 1,62 milhão, o que dá um preço, por garrafa, de R$ 57 mil?
E se fosse uma caixa?
Falta a toda esta investida nazistóide o que justificaria uma investigação: a suspeita específica de algum ato de responsabilidade pessoal de Lula em alguma irregularidade que beneficiasse indevidamente alguma empresa ou pessoa.
Simples assim.
Mas não há. o que há é um troncho “domínio do fato” transposto à investigação policial que funciona na base do “ah, alguma ele fez e nós vamos descobrir o que foi”.
E por que? Porque é preciso usar polícia, Ministério Público e justiça (assim, com letra minúscula mesmo) para cumprir o objetivo político que pela política não conseguem alcançar: destruir Lula eleitoralmente.
Com a certeza de que não haverá mídia ou tribunal que ponha freios a esse uso político desavergonhado das instituições públicas.
Como se sabe, o nazismo serviu-se da covardia dos democratas para se impor.
(Fernando Brito/ Tijolaço)
Um comentário:
Prezados, reproduzo um comentário que fiz no Blog do Stanley Burburinho, exatamente sobre essa caça desenfreada, descarada, desonesta e sem-vergonha ao Lula. "Stanley, temos assistido diuturnamente e parece senso comum a fala do Stédile "Há uma tentativa de desmoralizar o ex-presidente aos olhos da massa desinformada para impedir sua candidatura de Lula em 2018" - tem se repetido à exaustão essa ideia de impedimento do Lula para 2018 (repito : 2018) - pois bem, tenho comigo e de forma até simplista o seguinte : o Lula não é inelegível hoje - então essa ideia de 2018 pode ser uma espécie de blefe da matilha que o caça - o negócio não é para 2018 e sim para agora, pra já, o filme dele tem que ser queimado agora e logo - inventam qualquer coisa sabendo que é mentira, que serão processados mas não tem a menor importância desde que o Lula saia chamuscado. Imagina se a Dilma cai e tenhamos novas eleições. Quem seria o candidato natural do PT? Acredito que hoje só o Lula, e aí, por uma decisão judicial marota ele poderia ser considerado inelegível e aí bau bau. A gente tem que ter o entendimento claro que a matilha não descansa, não dorme, não para nem para fazer cocô. Essa gente já sabe de algo que vai acontecer com a Dilma e tem que "liquidar" o Lula desde já."
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