Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O abraço da morte


Em 2014, logo após a trágica morte de Eduardo Campos, Marina Silva assumiu a candidatura do PSB à presidência da República e foi alçada a um favoritismo vertiginoso que a colocou dez pontos à frente de Dilma Rousseff, a segunda colocada. A diferença aparentava estar tão consolidada que Marina já estava escolhendo até ministério.

Foi, então, que Aécio achou que podia transferir aquele favoritismo pra si e passou a usar a mídia emporcalhada pra desconstruir a beata da floresta, diariamente criticada em noticiários, reportagens e colunas. A par disso, sem ter um assessor que prescrevesse um floratil político à candidata, ela passou a ser acometida de seguidas desinterias orais, dando sua parcela de contribuição na destruição da própria imagem.

Não fossem esses contratempos acessórios, restou provado que o PSB esteve bem perto de eleger uma presidenta e interromper a hegemonia petista de 12 anos. Ora, isto mostra não ser nenhuma tática suicida do ainda tucano Geraldo Alckmin, em bater asas do ninho no rumo da legenda socialista a fim de garantir o protagonismo do café, ou seja, garantir um político egresso do governo do estado de São Paulo como candidato à presidência da República.

Em razão da resistência do leite ao predomínio rubiáceo, Aécio continua candidatíssimo à sucessão de Dilma e dono do comando do PSDB, o que inviabilizaria quaisquer manobras oriundas do feudo cafeeiro para derrubá-lo. Vale dizer, são remotíssimas as possibilidades de uma aliança entre Serra e Alckmin pra derrubar Aécio em favor da candidatura do atual governador paulista.

Serra parece desinteressado de comprar essa briga; e muito menos preocupado com a implosão da legenda privata, dizem até que tece sua candidatura, também por outra legenda, o PMDB, cujo destino fora do poder por tanto tempo parece ser o mesmo do aliado circunstancial de 1994, que tornou-se a concubina estável, o PDS/PFL/DEM.

Com o já ex-tucano Álvaro Dias encaminhando sua candidatura presidencial pelo Partido Verde, corremos o risco de ver uma disputa presidencial com quatro privatas. Pior. Um concorrendo para a derrrota do outro em um abraço mortal nunca visto na nossa história republicana. Credo!  

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