Átilas |
Ainda que concluam, como governantes legítimos que são, o intento espúrio de transformar nosso cartão postal mais charmoso em um galpão amontoado de trabalhadores, é necessário que se tenha o registro do original a fim de, quando passar essa tormenta emplumada, restaurarmos em toda sua imponência a maior atração turística que nossa cidade possui.
Independente de chiliques que possam acometer eventuais "gênios" de merda, à margem da tentativa de mostrar a intervenção de uma concepção particular naquela área da cidade e para além do que pensam de si mesmos esses destruidores de nossa memória a cidade deve derrotar essa iniciativa e fazer preservar aquilo que atravessou os séculos como um dos encantos da cidade, muito maior que seus eventuais administradores.
Que esses Átilas não passem. Que seus rastros de destruição sejam apagados. Que triunfe o modelo de construção da cidade fruto da criação coletiva e do gênio de quem foi digno desse reconhecimento, sem necessitar de cunha midiática, movida por generosa pecúnia de governantes relapsos. Definitivamente, Belém não necessita ser recriada aos moldes daquilo que o imaginário vira lata e cultor de pastiches tenta nos impingir, que desgraçadamente reduziu as comemorações do IV Centenário de Belém ao jocoso "400 Danos", fruto da tragédia administrativa que ora nos atormenta. Triste!
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