Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

A crise política não terminou


A presidenta Dilma declarou, hoje(21), que o ajuste e o fim da crise trarão resultados positivos à economia brasileira, em 2016.

Todos nós que votamos nela gostaríamos que estivesse certa no que se refere à crise política, mas é difícil crer que a decisão do STF tenha ido além do seu real significado legal a ponto de debelar a crise política. Basta ver a atitude da imprensa golpista no dia seguinte à decisão da nossa Suprema Corte que desmontou a farsa montada por Eduardo Cunha. Avaliou os votos e partiu pra trabalhar em outra frente, o TSE presidido pelo ministro Antônio Dias Toffoli e tendo como membro o outro ministro que votou com Cunha, o deslavadamente politiqueiro Gilmar Mendes.

Assim que terminar o recesso do Poder Judiciário, que a presidenta esteja preparada para enfrentar a pressão midiática que cobrará a entrada em pauta do julgamento(de novo) de suas contas de campanha. E sem que seja abandonada a pressão sobre o parlamento visando garantir os votos necessários à viabilização do processo de impeachment.

Que a presidenta não se iluda, essa trégua é porque a oposição evita posar em público com Eduardo Cunha. Mas por baixo dos panos continua aliada das manobras desesperadas do ainda presidente da Câmara, que vê como única salvação de seu mandato encaminhar o impedimento de Dilma.

Nesse sentido, a troca do comando na economia e a assunção de uma postura mais social na condução do setor é fundamental à conquista dos corações e mentes que estavam ressabiados com o desempenho de Joaquim Levy e sua agenda econômica com ações predominantemente pertencentes ao candidato derrotado. A perspectiva de cobrar dos do andar de cima a conta da crise terá como efeito ainda mais significativo mobilizações iguais e até maiores ao que verificamos dia 16 último.

Para isto, será fundamental a retomada do crédito popular e a queda da taxa de juros capaz de reativar o mercado consumidor nos mesmos níveis dos anos em que nossa economia mais cresceu. Para isso será fundamental que as lideranças políticas de esquerda somem suas vozes ao do ministro evitando o linchamento ora verificado, quando os porta-vozes do rentismo vão com sua tropa mercenária pra cima do ministro tentando faze-lo tornar a agenda Levy.

Resumindo: mesmo que a crise política esteja longe de terminar. Não terminará enquanto o governo não bater de frente com quem a alimenta, a mídia reacionária e partidarizada, ainda, assim, o cenário para 2016 será infinitamente melhor para o governo.

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