Segundo noticia o site 247, os netos de Assis Chateaubriand querem impedir a exibição do filme Chatô, de Guilherme Fontes, porque o tema seria a estória de um homem que assassinou um presidente da República e estuprou uma menor. Ora, a Rede Globo viu fantasticamente o festejado A que horas ela volta? como um filme que celebra a convivência fraterna entre viventes de camadas sociais diferentes.
Durante o tempo em que era hábito ir a locadoras de vídeo, todo mundo podia ver o notável Império dos Sentidos, do japonês Nagisa Oshima, exilado lá nas prateleiras destinadas a filmes pornôs.
Claro que essa estupidez em nada diminuiu a grandeza de um filme insuperável na abordagem da proximidade, através da falta de limites, entre os sentimentos do amor e da morte, apenas atestavam que a sensibilidade artística daqueles mascates cinematográficos estava bem abaixo do cu do sapo. Por sinal, tal e qual o senso crítico dos netos de Chatô, a julgar pela ameaça que fazem.
Que guardem para si suas avaliações, é o desejo da platéia que esperou tanto tempo pra ver um filme a respeito da biografia do antecessor de Roberto Marinho no quesito ditadura midiática. Mesmo que venha ser menor do que a expectativa criada, ainda assim, cabe a todos o direito de avaliar a qualidade do filme. Os tempos da D. Solange Hernandez já vão longe e nada indica que tenha deixado saudades, daí os sinceros votos para que os ciosos netinhos do ex-rei do Brasil vão pastar e deixem os cinemaníacos assistir o filme em paz.
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