Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 4 de outubro de 2015

Zumbi político


Inconformado com a reforma ministerial operada pela presidenta Dilma, o que tornou mais remoto o êxito do golpismo da direita pessedebista/udenista, o sombrio tucorvo, FHC, assim se pronunciou,
"Talvez um anjo perverso aconselhe à presidente: entregue logo sua alma ao diabo, entre mais fundo no 'toma lá dá cá' e salve seu mandato". "Pode até conseguir, mas valerá a pena? E acaso isso modifica a dança do país à beira do abismo?"

Fora a tardia autocrítica contida nas entrelinhas, de alguém que cometeu as mais variadas delinquências pra manter-se no poder e hoje não passa de um pedaço de jornal atirado ao lixo semanalmente, o resto é pura frustração mal disfarçada. Não responde sequer ao que dele certamente espera sua tropa brancaleônica. Não há uma ideia, não há qualquer vestígio de rumo consequente a fim de proporcionar ao oposicionismo mais radical uma alternativa que sirva de bandeira do golpe.

Apenas vemos o ruminar de suas frustrações, a admissão subreptícia do seu fracasso até como malfeitor que pretendia passar mais tempo no poder, além da renúncia precoce, infelizmente sem direito a esquecimento, da condição de acadêmico aposentado aos 37 anos de idade, para dar lugar a um político fracassado, frustrado e justamente mal afamado.

No artigo de hoje, tentando dar matiz civilizado ao subdesenvolvido golpismo que famigeradamente abraçou, cita o poeta dinamarquês Jens Peter Jacobsen e os compositores Wagner e Mahler.

Me chamou atenção a citação do boêmio(nascido na Boêmia, hoje República Tcheca), pelo ato falho que a tal citação pode encerrar. Mahler e sua família eram judeus e faziam parte de uma minoria alemã que vivia na Boêmia. Anos mais tarde, Gustav Mahler lembraria essa condição: "Sou três vezes apátrida! Como natural da Boêmia, na Áustria; como austríaco, na Alemanha; como judeu, no mundo inteiro. Em toda parte um intruso, em nenhum lugar desejado!"

FHC deve sentir-se um apátrida fora do restrito círculo onde vive, desde considerou que o Brasil não comporta uma população de 200 milhões de habitantes e relegou à fome mais da metade desse contingente, daí em seu íntimo também se sentir "um intruso", condição dissimulada pelo elitismo crônico no seu comportamento.

Enquanto Mahler afastou-se da família à medida que tornava-se um compositor renomado, afastamento que resultou em adultério por parte da esposa quase abandonada, FHC trocou os sinais em busca da notoriedade, abandonando a esposa em troca de uma amásia global. 

Em mais um reconhecimento tardio e frustrado, perdeu prematuramente a esposa, a amásia e o filho que não era seu. Restou a triste notoriedade que o faz esse andarilho da pregação do caos e, ao contrário do genial compositor tcheco, sem nada deixar à posteridade que justifique qualquer lamento por seu passamento. Triste!

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