Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Só o golpismo faz sobreviver a direita vira lata


O golpismo é ante sala da ditadura. Se, nesta, as liberdades individuais são cassadas porque o regime implantado à força não admite contestação, no processo de instalação dos regimes de exceção é sempre invocada a missão restauradora dos golpistas contra o que chamam 'caos instalado'. Não por acaso, o viciado em cocaína e larápio contumaz, Aécio Neves, declara, cinicamente, "O Brasil sai muito maior deste episódio e aqueles que cometeram crimes, com a sensação da impunidade, que jamais seriam alcançados, estão hoje tendo de enfrentar um país desagregado do ponto de vista econômico, com gravíssimos problemas sociais, mas um país sólido nas suas instituições. E são elas que nos permitirão uma saída para esta gravíssima crise na qual o governo do PT irresponsavelmente mergulhou o Brasil".

Um mérito deve ser reconhecido na retórica desse bandido investido em um mandato parlamentar: sua capacidade de inserir frases bem construídas em um contexto totalmente diverso. Isto posto na hora em que o próprio Aécio tivesse seu mandato cassado em razão da quebra do decoro parlamentar por ter usado dinheiro público pra pagar suas farras no Rio de Janeiro; pra construir um aeroporto em propriedade particular de sua família; ou para beneficiar-se elitoralmente certamente a frase cairia como uma luva.

No entanto, ela está a serviço do mais torpe golpismo na medida em que dá como fato consumado um parecer exarado por um orgão supostamente técnico, degenerado e hoje tido como "playground de políticos fracassados", conforme expressão de um ex-magistrado. Ressate-se, também, que a imensa maioria desses "fracassados" não se contentaram com a sinecura obtida. Chafurdam na mais abjeta ladroagem, valendo-se da tal sinecura para roubar indecentemente através do tráfico da influência obtida na função.

O fato consumado, como quer fazer crer Aécio, não é apenas açodamento. Trata-se, também, de tentativa solerte de desviar o foco do fato político principal ora vivido. De fato, ao colocar na marra o pedido de cassação da presidenta da República pela reprovação de suas contas, antes do julgamento das mesmas pelo poder constitucionalmente encarregado da tarefa, claro que Aécio e sua quadrilha tentam tirar do foco o gatuno Eduardo Cunha, presidente da Câmara, evitando que a deposição iminente deste desmonte o esquema golpista.

Como sabem que, pelo voto, não voltarão a comandar o país, então, trabalham meios de promover a ruptura institucional desde a derrota de outubro do ano passado. Como a peça-chave, Eduardo Cunha, foi pego roubando, mentindo e traficando influência tentam obstruir a punição deste colocando o país sob o risco de atentado à democracia, uma tática tão perversa quanto maligna na medida em que dá a noção dos propósitos dessa corja: a restauração da cleptocracia privata, aquela que promoveu o maior assalto planetário a um estado, que ora definha a partir dos antídotos legais aplicados por Dilma e que os obriga a fazer esses movimentos desesperados no sentido da sobrevivência. Patético!

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