Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Preposto de banqueiro


O mínimo que a direção nacional do Partido dos Trabalhadores deveria fazer, nesse momento de extrema incúria funcional por parte do filiado José Eduardo Martins Cardozo, era suspender sua filiação ao partido e te-lo como um não aliado dentro de um governo cuja principal personagem também é filiada ao PT.

Não se trata de lavar roupa suja em público, mas um protesto contra a atuação de um ministro da justiça que permite que a Polícia Federal, instituição do serviço público sob seu comando, atue como fazia nos tempos do regime de exceção pós golpe militar/empresarial desferido contra o país em primeiro de abril de 1964, chancelando iniciativas caracterizadas pelo desrespeito à legislação vigente e obedecendo ardis políticos contra desafetos da elite golpista obcecada pela tomada do poder na marra.

Cardozo não pode comportar-se como um Alfredo Buzaid com sinais trocados, enquanto este ocultou a delinquência do filho mandando calar os meios de comunicação; o atual ministro vira as costas para as delinquências de seus subordinados travestidos de jagunços a fim de sufocar o curso político da conjuntura nacional.

Paulo Henrique Amorim conjectura que essa ignomínia do ministro ocorre por ser é perfeitamente possível que esse grupo, do qual o ministro Cardozo faz parte, pretenda ferrar o Lula – ou os filhos do Lula – para ressaltar a honestidade da Presidenta. Pode ser. No entanto, custa a crer que essa infâmia contasse com o aval de Dilma, a responsável pela nomeação e manutenção no cargo desses traíras.

Da minha parte, desconfio que essa cara de paisagem do ministro decorre de tudo aquilo que ele fez em verões passados, mais precisamente quando fez parte da trupe de advogados contratados para defender os interesses do banqueiro Daniel Dantas. Com efeito, diante de todos os embates travados por DD contra petistas, sabe-se lá que peripécias jurídicas fizeram os causídicos que operavam sua defesa.

Assim, qualquer contratempo que leve à exoneração do ministro pode fazer vir à tona toda essa militância jurídica, inclusive eventuais ações contra petistas, daí sua blindagem ter a aparência de deixar pra lá certos fatos que se tornariam explosivos, caso virassem do conhecimento público. O problema é o preço cobrado à democracia brasileira, atualmente sob o risco de ser ferida mortalmente por conta de desatinos pessoais. Não dá!

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