Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 4 de outubro de 2015

Oposição: um ano de resultados magros

Para além de uma penetração midiática inquestionável, a oposição vem dando provas de tremenda incapacidade de materializar o que alardeia e deu com os burros n’água quanto à materialização de boa parte da sua agenda prioritária.
Não tiveram o sucesso esperado, ou foram fragorosamente derrotados na seguinte agenda estratégica para eles:
  1. O financiamento privado de campanha
  2. A terceirização da mão de obra na atividade fim
  3. A redução universal da idade penal
  4. O impeachment da presidenta Dilma
  5. A redução do papel da Petrobrás do pré-sal
  6. A pauta bomba
  7. A inviabilização do nome de Lula para 2018
  8. A perenidade de Eduardo Cunha à frente da Câmara
  9. Os superpoderes extraterritoriais do juiz Moro
  10. Os níveis de audiência da Rede Globo
  11. A permanência do panelaço
  12. O crescendo dos movimentos de rua contra o governo
Em planejamento normalmente as organizações são encorajadas a avaliar a si mesmas e ao seu ambiente operacional através de indicadores. A lista acima é um enunciado de objetivos emblemáticos, pois vêm sendo todos eles expressos como armas mortais contra o governo , contra a democracia ou contra direitos dos trabalhadores ou de vulneráveis.
Nenhum desses objetivos foi materializado seja integralmente, seja na magnitude do que pretendiam alcançar. A redução da maioridade penal, por exemplo, foi limitada e a terceirização  da mão de obra provavelmente não prosperará no Senado.
A derrocada de Cunha, por sua vez, é uma perda maior para a oposição. Sobre ele, num dos desenhos do golpe, recairiam os destinos da nação no intervalo entre o impeachment e as próximas eleições... Cunha também recebeu, enquanto presidente da Câmara, os andarilhos jovens indignados e afins que fizeram chegar a ele um inesquecível documento contra a corrupção, levado a pé por centenas de quilômetros...
Para além disso, as denúncias de uso indevido do avião oficial de Minas Gerais para viagens pessoais por Aécio Neves e o fato de que permaneceu no Rio mais de um ano enquanto foi governador tiveram um impacto quase tão demolidor sobre a sua imagem quanto o episódio do aeroporto de Cláudio.
Tudo leva a crer que, apesar da crise e da queda de popularidade do governo, (não confundir com migração do eleitorado para a direita), a oposição continua onde estava e onde sempre esteve: em minoria.
As eleições de 2016 vão mostrar de que é feita essa oposição, acho que é de vidro.
Tal como Eduardo Cunha já está descobrindo, a esperteza quando é grande...
(Ion de Andrade/ GGN)

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