Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
Ciro Gomes e o mote moralista da próxima campanha presidencial
Paulo Henrique Amorim anuncia, com indisfarçável tom de otimismo, que Ciro Gomes será candidato à presidência da República centrando sua campanha na questão moral.
Depois de fazer várias aparições públicas desancando o moralismo de fancaria da oposição brasileira, esta envolvida atá a medula em escândalos diversos, tudo muito bem pontuado por Ciro, agora vem o neo pedetista e resolve empunhar a bandeira do moralismo, provavelmente por achar-se o único capaz de faze-lo diante do quadro atual em que a população não livra a cara de ninguém.
Certamente que hoje o pessimismo é bem maior do que até os piores momentos do governo Sarney, quando se trata de ressaltar a má fama da classe política, daí a tentação salvacionista ser mais forte do que aquela que motivou Collor a apresentar-se como a nova cara da política e conseguir vender mercadoria estragada, depois devolvida.
Só não se esperava que essa postura fosse abraçada por um político tão experiente e que aparenta imunização total contra esse vírus. Ciro é, de fato, um político de longa trajetória na nossa cena política sem jamais ter sofrido qualquer processo por mau comportamento como funcionário público. No entanto, parece um desperdício que um candidato cacifado a fazer diagnósticos tão precisos de nossa realidade submeta sua participação no debate a um tema tão manipulado, tão enviesado e sujeito ao crivo midiático, capaz de transformar Ciro no anti candidato petista.
Tomara que Ciro esteja apenas mandando um recado à quadrilha privata que não adianta insistir nesse mote porque se darão muito mal na medida em que encontrarão alguém bem mais experiente do que Luciana Genro pra combater a surrada encenação global/udenista. Se for isto, ótimo. De qualquer modo, a presença de Ciro aponta pra perspectiva de termos uma disputa bem mais arejada e politizada, ao contrário de 2014, quando aparelhos excretores oralizaram a retórica de alguns biltres que participaram apenas como cúmplices da artimanha da direita brasileira.
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