No começo ainda teve alguma racionalidade, tentando desenvolver uma tese fraquíssima de que proibir o financiamento empresarial prejudicaria partidos que estão na oposição e beneficiaria os que estão no poder (segundo ele projeto de perpetuar no poder).
Mas quando se empolgou, o voto dele deixa no chinelo as reporcagens mais mirabolantes da revista Veja. Desceu a lenha no PT muito acima do tom.
Algumas pérolas:
Segundo Gilmar, o PT não precisa de dinheiro privado, nem público para financiar campanha, porque tem não sei quantos bilhões da Petrobras escondidos no exterior para fazer campanha (nas palavras dele).
Ai, ai, ai ... só por um exercício de imaginação, vamos imaginar por um minuto que existisse esse dinheiro. Como poderia trazê-lo para usar em campanhas? E como poderia gastar tanto dinheiro sem que os adversários percebessem a disparidade de uma campanha muito rica que deveria ter recursos mais ou menos iguais? E como fechar a prestação de contas perante a própria Justiça Eleitoral?
Só falta Gilmar dizer que o suposto dinheiro virá em um disco voador cubano vindo de Marte.
Acho que é bom fazer um exame na água que o ministro tomou para ver se alguém não colocou por engano alguma substância lisérgica tarja preta.
Agora, deixando essas maluquices sem pé nem cabeça de lado, como pode um ministro do STF fazer acusações tão graves sem provas? Ele fez outras acusações, também de natureza criminal, com base em ilações, na base do que delatores disseram "ter ouvido falar" (sem sequer dizer de quem) ou na base do "não sei, não vi, mas chuto que pode ter havido [pagamento de propina]".
Gilmar está muito acima do tom e fora de si. Está completamente irracional. Sem exagero, está parecendo ter surtado, com algum desequilíbrio mental.
A única coisa boa é que, por vias tortas e sem querer, o surto está fazendo a mais contundente crítica ao financiamento empresarial.
(Os Amigos do Presidente Lula)


Nenhum comentário:
Postar um comentário