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| Dilma discursa na Assembléia Gera da ONU |
A presidente Dilma Rousseff discursa, na manhã desta segunda-feira (28), na abertura da 70ª Assembleia Geral nas Nações Unidas, em Nova York. Na início de sua fala, a presidente destacou a crise migratória e defendeu o acolhimento dos refugiados, afirmando era um "absurdo impedir o livre trânsito de pessoas".
"Em um mundo onde circulam livremente mercadorias, capitais, informações e ideias, é absurdo impedir o livre trânsito de pessoas", disse a presidente.
Dilma reforçou que o Brasil está aberto para receber imigrantes. "O Brasil é um país de acolhimento, um país formado por refugiados. Recebemos sírios, haitianos, homens e mulheres de todo mundo. Assim como abrigamos há mais de um século europeus, árabes e asiáticos, estamos abertos e de braços abertos para receber refugiados. Somos um país multiétnico", afirmou, sendo aplaudida em seguida.
A presidente também citou o Estado Islâmico e afirmou que a expansão do terrorismo coloca um desafio para os países na ONU.
"A expansão do terrorismo que mata homens, mulheres e crianças, destrói patrimônios e expulsa milhões de pessoas sugere que a ONU está diante de um grande desafio. Não se pode ter complacência com atos de barbárie, como aqueles perpetrados pelo Estado Islâmico e por outros grupos associados", afirmou.
Em seguida, Dilma entrou no tema economia, afirmando que o governo brasileiro passou seis anos tentando evitar que os efeitos da crise internacional de 2008 chegassem ao país, e que agora, o esforço chegou ao "limite".
"Por seis anos buscamos evitar os efeitos da crise mundial que eclodiu em 2008 se abatessem sobre nosssa economia e socidade. Por seis anos adotamos amplo conjunto de medidas, aumentamos os empregos, aumentamos a renda. O esforço chegou agora ao limite, tanto por razões fiscais internas tanto por aquelas relacionadas ao quadro externo", disse.
Emissão de gases
No domingo (27), Dilma destacou que as metas brasileiras para reduzir a emissão de gases de efeito estufa são de 37% até 2025 e de 43% até 2030. O anúncio foi feito durante a Conferência das Nações Unidas para a Agenda de Desenvolvimento Pós-2015, em Nova York. O ano-base utilizado para os cálculos, segundo ela, é 2005.
Durante seu discurso, Dilma destacou que os números serão levados à Conferência do Clima, em Paris, como compromisso assumido pelo governo brasileiro. “A Conferência de Paris é uma oportunidade única para construirmos uma resposta comum para o desafio global de mudanças do clima. O Brasil tem feito grande esforço para reduzir as emissões de gás de efeito estufa, sem comprometer nosso desenvolvimento econômico e nossa inclusão social”.
A presidenta citou ainda o que chamou de objetivos ambiciosos para o setor energético, com destaque para a garantia de 45% de fontes renováveis no total da matriz energética. No mundo, a média, segundo ela, é de 13%. Os demais anúncios feitos por Dilma incluem a participação de 66% de fonte hídrica na geração de eletricidade; a participação de 23% de fontes renováveis, eólica, solar e biomassa na geração de energia elétrica; o aumento de cerca de 10% na eficiência elétrica; e a participação de 16% de etanol carburante e demais fontes derivadas da cana-de-açúcar no total da matriz energética.
“As adaptações necessárias frente a mudança do clima estão sendo acompanhadas por transformações importantes nas áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia, padrões de produção e consumo”, disse. “O Brasil é um dos poucos países em desenvolvimento a assumir uma meta absoluta de redução de emissões. Temos uma das maiores populações e PIB [Produto Interno Bruto] do mundo e nossas metas são tão ou mais ambiciosas que aquelas dos países desenvolvidos”, completou.
(Jornal do Brasil)


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