Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 19 de setembro de 2015

Irracionalidade togada


Inconformado com a derrota sofrida no STF, o hidrófobo bandoleiro togado Gilmar Mendes desenvolveu uma teratológica teoria da transferência da autoria, com a qual julga manter vivo e atuante seu irracional ódio ao PT.

Chega ao ponto de ignorar a realidade ora vivida no país, governado há quatro mandatos consecutivos por presidentes pertencentes ao Partido dos Trabalhadores, e dá ares de revelação bombástica ao enredo insano que montou, em que a operação Lava Jato impediu a consolidação de um projeto de poder baseado no assalto às empresas estatais, principalmente a Petrobras.

Atribui ao PT a responsabilidade pelos malfeitos cometidos na nossa estatal petrolífera. Como se as medidas tomadas por FHC, dando autonomia a que bandidos como Paulo Roberto Costa dispusessem de até R$1 Bilhão para firmar contratos com empreiteiras sem obedecer os princípios da Lei 8.666. Velhacamente, também, insinuou que todos os bens pertencentes aos larápios que assaltaram a nossa petrolífera graças a bonomia, repita-se, de FHC e confiscados pela justiça são, na verdade, de propriedade de petistas.

E aí vem a transferência. Gilmar disse que havia um plano diabólico de perpetuação no poder. Mas quem falou isso publicamente foi o ministro das comunicações e sócio de FHC, a quando do primeiro governo deste, Sérgio Motta. Daí derivando a compra da reeleição presidencial, o processo de privataria, a partir da intervenção na Previ e uso do patrimônio daquele fundo de pensão pra fazer do testa de ferro do esquema, Daniel Dantas, um dos sócios do sistema privado de telefonia e outras manobras escusas de apropriação do estado brasileiro por um consórcio político delinquente e a serviço das multinacionais.

O furibundo magistrado ainda tentou ser irônico, ao citar Garrincha, como se esse consórcio conspirador, comandado pelo malsinado Sérgio Moro fosse inquestionável e imutável quando submeter-se a exame jurídico mais consequente. Insensível a questões sociais, acaba por demonstrar incapacidade na identificação dos verdadeiros "russos", na já imortalizada metáfora de um dos mais genias futebolistas já surgidos neste país.

Um pouco mais de racionalidade e menos fúria proporcionaria ao jagunço togado a visão da realidade brasileira em que os "russos" já chancelam um projeto de poder que desmontou todos os mantras conservadores que mantinham secularmente os do andar debaixo à margem do orçamento público. À margem de manobras escusas perpetradas contra a democracia pela mídia e por uma parcela do Poder Judiciário, até aqui os "russos" vêm demonstrando a firme convicção de que sabem o que não querem. Mesmo que aparentem não saber o que querem.

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