Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Aprendendo a fazer


Segundo as especulações a respeito da dança das cadeiras no ministério de Dilma, o PMDB indicou o deputado paraibano Manoel Júnior para o posto de ministro da Saúde. Recentemente, a frase mais amena do Júnior referindo-se à Dilma foi “Se eu tivesse na situação dela, diante dos dados econômicos que nós temos, eu renunciaria. […] A situação dela é insustentável.”

Além dele, o noticiário especula que outro cotado é o deputado paraense, e primo do senador Jader Barbalho, José Priante. Priante foi o cicerone de Eduardo Cunha quando este veio ao Pará participar de uma reunião na Federação das Indústrias, evento que deve ter servido de fachada para alguma articulação política anti-governo.

Parece que o governo começa a entender que suas tratativas devem ser operadas com aqueles que representam risco, e não com a tribo já pacificada, vale dizer, não com os que representam um risco menor, como Jader, Helder, Simone Morgado, isto pra ficar nos exemplos paraenses, onde só havia um outsider: Priante.

Se estiver fazendo a coisa sob inspiração de Spike Lee, o governo conseguirá rachar a base cunhista, principalmente nesse momento da Lava Jato em que o controle foge das mãos da 'República do Paraná', aumentando o risco de punição ao atual presidente da Câmara Federal, cooptando figuras de sua base e melhorando o poder de fogo da base governista na Câmara.

Outro dado curioso, caso sejam confirmados os dois nomes aqui citados, é o empoderamento do senador Jader Barbalho no cenário nacional, emplacando um filho e um primo no ministério. Pode-se até desconfiar que Jader virará o novo Sarney pemedebista, coordenando um poder regional considerável, além de nacionalmente virar um articulador privilegiado do governado federal com as demais lideranças regionais de seu partido.

Know how pra isso não lhe falta. Afinal, como quadro nacional do PMDB na montagem da campanha de Tancredo Neves e aliado preferencial de Orestes Quércia quando este comandava nacionalmente os pemedebistas, época em que houve uma debandada de dissidentes "éticos" que fundaram o PSDB(não esquecer os risos alusivos a esse trecho), Jader deve ter trânsito entre correligionários dos quatro cantos do país, principalmente ao apresentar os trunfos ora disponíveis.

Claro que tudo isto levará a editoriais e outras encenações falaciosas a respeito do balcão de trocas operado pelo governo. Conversa fiada e farisaísmo dessa escumalha, que certamente silenciará tumularmente a respeito do que foi revelado hoje a respeito do comportamento depravado do então governador Aécio Neves, flagrado gastando dinheiro público em recorrentes orgias ao fazer 124 viagens em jatinho governamental para ir à baladas no final de semana das calientes noites cariocas. Com efeito, a moralidade pública precisa ser enquadrada na ética de princípios através de outros procedimentos, jamais tendo como fiadora a retórica dessa mídia farsante, delinquente e conservadoramente partidarizada.


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