Consolida-se, assim, a trajetória de inversão do corpo discente das universidades federais, até FHC composto basicamente de estudantes oriundos de escolas particulares, bem como da classe média alta; e agora predominantemente formado por alunos egressos da escola pública, logo, de perfil étnico e social condizentes com a condição predominante na sociedade paraense.
Chama a atenção apenas o disparate do governador tucano Simão Jatene, na contramão dessa tendência e sempre disposto a obsequiar com dinheiro público os extratos mais privilegiados da sociedade, ao destinar a escolas particulares a nada desprezível quantia de R$7,8 milhões, a título de reposição das aulas perdidas durante a greve de mais de 90 dias. Dinheiro, repita-se pela enésima vez, que poderia muito bem remunerar os professores estaduais e evitar aquele movimento reivindicatório, constituindo-se em duplo acinte ao sonegar um direito líquido e certo da categoria, agora desviado para beneficiar escolas particulares. Lamentável!
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