Jorge Paz Amorim

Minha foto
Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 25 de julho de 2015

O TCU não é terreiro junino pra viver de desfile de quadrilhas

O deputado Arnaldo Jordy(PPS-PA) apresentou oportuno requerimento com pedido de informações a fim de que seja esclarecido o possível tráfico de influência envolvendo o presidente do Tribunal de Contas da União e o filho deste, advogado de empresas investigadas pela Corte.

Por exemplo, o escritório Cedraz & Tourinho Dantas, em que um dos sócios é o filho do presidente do TCU, defende os interesses do Consórcio Itaipu bi nacional, sendo que a partir de maio último aquele tribunal baixou acordão que o permite fiscalizar as contas do consórcio, ou seja, está tudo entre pai e filho, ou para os mais ácidos, em famiglia.

Com efeito, a situação é propícia para que efetivamente se faça algo recorrente ao folclore político brasileiro, toda vez que não se quer apurar nada e apenas fazer firula para o distinto público, o manjado 'passar o país a limpo'.

No imbroglio TCU, diante de tantas aberrações cometidas, fruto da politicagem que caracteriza seu quadro de ministros(vide o artigo do jornalista Hélio Doyle, transcrito anteriormente neste blog), enfrenta-se a situação do explode coração. Mais do que a apresentação de um simples projeto de lei que dormite nas gavetas do Congresso, urge um debate amplo e profundo que resulte em um conjunto de normas que imponham disciplina mais decente na hora de nomear ministros.

Pelo que se percebe, esse é um tema que gera entendimento entre situação e oposição, Jordy não é da base de apoio de Dilma, logo, vivemos um momento singular para por um freio em mais esse cabide empregos para políticos reprovados nas urnas e adeptos do vale-tudo na política. 

À margem da pauta imposta pelos setores midiáticos conservadores ao país, por sinal, cúmplice de longa data dessa bandalheira, por seu indecente silêncio em relação a essa velha e abominável prática, é hora das bancadas se unirem na aprovação do requerimento de Jordy, seguido de uma devassa nas contas dessa horda de traficantes do interesse público. Certamente, só medidas dessa natureza farão com que esse entulho fruto dos conchavos elitistas seja purgado do clientelismo que o acomete e o faça passar a adotar mecanismos de funcionamento pautados na moralidade, transparência, impessoalidade e publicidade, enfim, seja um orgão para servir ao público, e não para servir-se deste. 


Nenhum comentário: