Golpista subdesenvolvido

De tanto "ganhar" eleição fora do período eleitoral, Aécio acabou por se tornar um reles golpista, com estágio com coxinhas venezuelanos, a ponto de virar objeto de chacota e matéria-prima de inúmeras charges a respeito do seu comportamento psicótico.

Enquanto conspira contra a democracia, os fatos conspiram contra ele e cada vez mais seu envolvimento na Lava Jato torna-se realidade. O que o salva é a opção preferencial pela criminalização de petistas, daí o PIG praticamente ignorar as graves denúncias contra o senador tucano.

Mas há um risco iminente de tudo vir à tona, caso Aécio insista ser o candidato do PSDB nas eleições presidenciais de 2018, contra a vontade da privataria paulista, que parece já ter optado por Alckmin contando, para isso, com a ajuda da imprensa golpista, que parece já ter dado sua cota de sacrifício pelo neto de Tancredo e agora pôs a fila pra andar, basta ver as capas de duas das mais sórdidas revistas semanais desta semana, quando acenam com abandono à tática golpista, da qual eram apologistas até semana passada.

Abandonado à própria sorte, resta ao 'Garotão de Ipanema' marchar resoluto com seu discurso agressivo, despropositado e despolitizado no rumo da consolidação do quanto pior, melhor, sutilmente utilizado por seus risonhos inimigos/correligionários, enquanto adotam postura bastante diferente pra consumo público.

De qualquer modo, a direita parece exultar com a conjuntura vivida em que Lula parece ter deixado de ser imbatível, resta saber se ela acredita nas pesquisas que produz. O mais certo é continuar apostando no prolongamento da crise, nos estragos que a Lava Jato ora faz na economia, no aumento da inflação, embora os últimos indicadores apontem para uma recuperação da atividade industrial, na recuperação da balança comercial e até na estabilização de vários preços, fazendo ceder a inflação.

Com efeito, 2016 será um ano muito importante para a conformação do quadro da eleição seguinte. Prefeituras como a de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador. Se a direita não avançar nesses redutos terá bastante dificuldades para formar uma aliança forte pra disputa pro pleito presidencial, principalmente se vier a perder Salvador e Belo Horizonte e não retomar São Paulo, verá suas lideranças tradicionais perderem importância para lideranças petistas como Fernando Haddad, Fernando Pimentel, Jacques Wagner e Rui Costa.

Sem golpe e sem lideranças políticas relevantes que equilibrem o embate, restará o Partido da Imprensa Golpista(PIG). Porém, como este estará após mais dois anos de perda de credibilidade, queda no faturamento e desinteresse do público? O tempo ajudará a responder essas e outras indagações, fundamentais para o nosso futuro político. Promete!