Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Pacto anti educação


Pará, Paraná e São Paulo, além de estados governados por tucanos reeleitos, têm mais em comum: nos três os professores da rede púbica estão em greve e em todos é flagrante o desdém com que a educação pública é tratada por esses governantes e seus auxiliares.

Porém, só o Pará chegou ao cúmulo de inventar um artifício tão perverso quanto anti pedagógico ao impedir que turmas sejam formadas com menos de 35 alunos, na contramão do que determinam as leis vigentes, apenas para atender o intuito malino de reduzir salários, pois inviabilizando a formação de turmas, inviabilizam as cargas horárias respectivas em cima das quais é calculada a remuneração dos docentes.

Austeridade? Qual nada. Há uma semana , veículos de comunicação sempre compreensivos com governantes tucanos foram obrigados a revelar que Simão Jatene, agindo mais como pai do que como servidor público, criou uma secretaria estadual e, ato contínuo, nomeou a filha pra comandá-la. Ainda que a 'filhota' tivesse comandado uma estrutura governamental que foi fundamental pra reeleição do tucano, isto não era suficiente pra tamanha iniciativa, digna de figurar entre as mais audaciosas no que toca a apropriação da coisa pública por particulares.

Nesse momento os professores ocupam a SEDUC, enquanto uma comissão de outros servidores conversa com a secretária de administração. Diante da "herança maldita" que Simão deixou pra si mesmo, é pouco provável que o governo volte atrás, muito menos que a greve chegue ao fim, persistindo a tunga salarial da categoria, o perigoso afastamento da sala de aula de um enorme e vulnerável contingente de discentes e o pacto diabólico que o governador firmou com seus auxiliares de acabar com o ensino público. Diante disso só resta desabafar. Vai pra Doha, Simão!

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