Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

O último biscoito do pacote golpista


Perdidas as sucessivas batalhas eleitorais, fracasso iminente na tentativa de golpe contra a presidenta eleita pela maioria do povo brasileiro, volta à baila um outro artifício usado historicamente pela direita contra governos populares. O parlamentarismo.

Usado como conciliação entre o sentimento golpista, manifestado ainda em 1961 contra a posse do presidente legal João Goulart, e o respeito relativo à lei reduzindo os poderes constitucionais, o artifício contribuiu para manter aceso o sentimento de deposição de Jango, exacerbado depois que um plebiscito demonstrou o repúdio maciço da população ao dito regime.

Em 1993, antes do advento Plano Real, os conservadores tentaram mais uma vez implantar o parlamentarismo a fim de evitar que o favorito às eleições de 1994, LULA, governasse o país. Derrotado novamente, restou o plano, que funcionou muito bem e FHC derrotou o petista ainda no primeiro turno, história que todo mundo sabe, inclusive os desdobramentos que forçam o conservadorismo a recorrer ao surrado artifício.

Agora, quando as tentativas de golpe parecem todas ir dar com os burros nágua, restou ao lacaio/salafrário Freire, que tenta desenterrar projeto do então deputado Eduardo Jorge que dormita nas gavetas do Congresso desde 1995. Conspira contra ele, repita-se, o fato de ter sido execrado publicamente duas vezes e em situações muito semelhantes.

Como em 1994, nada há institucionalmente que justifique a inoportuna exumação do malsinado projeto. Há a explícita tentativa de achar um antídoto ao favoritismo de Lula em 2018, agora mais difícil de combater do que em 1994, quando o Plano Real funcionou como alternativa ao fracasso parlamentarista. Sem ideias, projetos e fora do governo, restam aos defensores da proposta apostar na superestimação da crise como justificativa de reabrir esse debate.

Menos mal que decisões desse porte devem ser tomadas através de plebiscito, ou seja, a população que decide. Claro que os defensores da dita cuja vai tentar fazer com que ela se dê entre as quatro paredes do Congresso, mas isso é apenas o começo de mais um embate contra o golpismo de plantão contra a continuada vontade soberana da população brasileira nas quatro últimas eleições presidenciais. Promete!

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