Jorge Paz Amorim
- Na Ilharga
- Belém, Pará, Brazil
- Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.
segunda-feira, 6 de abril de 2015
Como vai o 12 de abril?
Segundo Fernando Brito revela em seu blog Tijolaço, obrigatório pra quem não é refém do PIG, a mobilização para a manifestação do próximo dia 12 vai mal das pernas, ou seja, parece que exigirá muita petulância da PM paulista e da Globo para inflar os números. Joga contra eles o fato de que, como movimento inorgânico, a perda da “novidade” jogue como desmobilizador de muita gente, diz ainda Fernando.
Claro que isso conta bastante. Mas conta mais, me parece, o prejuízo que a Globo teve em colocar sua estrutura midiática a serviço da cobertura integral do evento. Como se tivesse conjecturado, se em 1964, com apenas uma rádio e um jornal que nem tinham tanto público assim, conseguimos fazer aquele estrago entre as tropas inimigas(um governo popular), imagina agora que somos donos do maior monopólio do setor.
Mesmo assim, dizemos nós, deram com os burros nágua, como mostraram as pesquisas daquele dia, informando ter sido naquele domingo onde a Globo obteve o mais baixo índice de audiência da história da emissora. Por isso, a Globo parece estar mais cautelosa na mobilização. Pelo menos, aqueles que não resistem dar uma espiadinha na infame programação da emissora do Jardim Botânico(não é o meu caso) têm se mantido indiferentes, logo, parece que até aqui nada houve que lhes chamasse a atenção.
Além do tiro no pé pela perda de público, desconfio que dois outros fatores parecem concorrer pela postura até aqui discreta da Globo: primeiro, os acontecimentos das últimas semanas vão na contramão daquilo que turbinou a velhaca pregação global. Não que não houvesse casos de corrupção. Pelo contrário. O que foi revelado é de fazer a operação Lava Jato parecer relato de traquinagens de menininhas pertencentes a colégio religiosos, só que atingindo mortalmente o núcleo político dos aliados globais; segundo, como consequência disso, houve até casos surrealisticamente buñuelanos, por exemplo, o da empresária militante das redes sociais contra a corrupção, descoberta na relação dos correntistas do HSBC suíço, ou seja, suspeita de ser sonegadora de impostos, e do primo e assessor do governador tucano do Paraná, que foi preso 24hs após ter ido às ruas gritar contra a corrupção.
Mesmo abafados, dissimulados, ocultados e até justificados antes de denunciados é óbvio que a divulgação desses episódios pela invisível e temível 'Radio Cipó', que se dá no dia a dia das relações pessoais entre amigos, colegas de trabalho e demais grupos de relacionamento certamente operou desencanto em muita gente que foi às ruas gritar contra a corrupção e depois viu que bancava o trouxa, dadas as companhias nada sadias que tiveram.
É até provável que o número de manifestantes seja repetido, afinal, colocar 500 mil pessoas nas ruas das diversas cidades do país não deve ser um bicho de sete cabeças para uma oposição que obteve grande votação. Porém, a praticamente cinco dias do evento, é incontestável que o frisson causado nos dias que antecederam a manifestação de 15 de março, agora foram trocados pela indiferença. Vamos ver!
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