As voltas que o mundo dá. Desde tempos remotos, governantes do estado recebem pensão vitalícia após deixar o cargo. Foi assim até 2011, sem que se tenha informação de qualquer questionamento na justiça da concessão desses benefícios anteriormente concedidos.
Porém, naquele ano, quando Ana Júlia Carepa deixou o governo e o seu sucessor fez publicar o decreto concedendo o benefício à antecessora, tomado por um súbito furibundismo moralista, o tucano e então presidente da OAB/PA, Ophyr Cavalcante Jr, entrou com uma representação na justiça contra o pagamento daquele benefício à Ana Júlia.
Pois bem, na semana passada, o STF deu provimento à reclamação mandando suspender o pagamento daquela benesse a quem a recebia, ou seja, condenando a lei que o criou. Ressalte-se que a ex-governadora Ana Júlia já havia renunciado à dita pensão, ainda em 2011, quando foi colocada à disposição da Brasilcap, uma financeira do Banco do Brasil, local original de trabalho de Ana.
Mesmo assim, o inusitado fez uma surpresa quando foi descoberto que entre os atingidos estava nada mais nada menos que o atual governador Simão Jatene. Sim, talvez em arroubo espetacular de auto crítica resolveu optar por perceber seus vencimentos como ex-governador, evitando cobranças excessivas a respeito de seu desempenho atual. As más línguas dizem que o motivo é a pensão ter valor mais elevado que o salário da ativa. Maldade.
No frigir dos ovos, estamos por um triz de ver o governador tomar uma decisão importantíssima na sua vida e na vida dos paraenses: terá que bater no peito e dizer, me remunerem como governador! Ou isto ou nada. Também serve de recado ao Dornélio Silva, titular do Instituto Acertar que, em pesquisa divulgada na data de ontem(14), revelou que 60% dos paraenses reprovam sua administração, de resto uma precipitação estatística e coletiva já que somente a partir do recebimento do contracheque de abril é que o governo começará pra valer. Credo!
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