Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 7 de abril de 2015

A pantanosa paz de Cunha


Na votação a respeito do supéravit primário, realizado no final do ano passado, manifestantes do campo conservador ocuparam as galerias e chamaram a senadora Vanessa Grazziottin(PCdo B-AM) de vagabunda, xingaram o presidente do Senado, no entanto, quando foi determinada a evacuação das galerias, diversos parlamentares demo/tucanos e asseclas subiram às galerias e garantiram a impunidade das ofensas evitando o cumprimento da ordem.

Hoje, após o comportamento truculento da polícia da Câmara Federal e PM do DF, a oposição tratou de transferir a responsabilidade dessa sandice aos manifestantes apoiando a decisão acanalhada do malsinado Eduardo Cunha, que determinou o esvaziamento das galerias, não por algum eventual comportamento transgressor naquele espaço, mas pelo que foi vilmente filtrado daquilo que ocorreu fora do Parlamento.

Segundo o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães(PT-CE), anunciou há pouco que a Secretaria de Relações Institucionais, que cuidava da interlocução do governo com o parlamento, foi extinta e o diálogo colocado sob responsabilidade do vice-presidente da República. Deve ser o último esforço feito pelo governo para manter um diálogo minimamente respeitoso com os achacadores profissionais Renan Calheiros e Eduardo Cunha. Caso Temer fracasse na missão de ao menos reduzir essa maré de achaques, deve restar ao governo o confronto com essas duas figuras e seus asseclas, não sem dar à nação conhecimento de quanto custa aos cofres públicos esse rosário de chantagens, nem que para isso tenha que falar em cadeia nacional de rádio e tevê diariamente.

O Brasil chega ao clímax da despolitização da população, vitimizada pela desinformação que a mídia partidarizada opera há mais de doze anos com graves consequências à democracia. Chega, então, o momento de se politizar de forma saudável o debate nacional a fim de superar essa triste etapa em que a boçalidade vai às ruas e zurra pugnando por mais trevas. Não dá!

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