O voluntarismo não é bom conselheiro

O Diário do Pará mostra o ministro Helder Barbalho, da pesca, intercedendo junto ao ministro da aviação civil, Eliseu Padilha, na utilização das verbas que dotarão regiões em estado precário de infraestrutura de aeroportos que ajudarão a superar essa penúria.

Claro que é bastante positivo que lideranças do estado intercedam em questões levantadas nacionalmente que afetam nosso território, a fim de evitar que nos empurrem pacotes fechados que muitas vezes perdem as boas intenções em desastradas operações.

No entanto, no caso específico de Helder, o passado recomenda extrema prudência presente, levando-se em conta quando intercedeu inoportunamente na iniciativa da governadora Ana Júlia, que desativou a Granja do Icuí e pretendia ceder o terreno à Caixa Econômica para que no local financiasse um conjunto residencial do programa 'Minha Casa, Minha Vida'. Sem nenhum estudo que embasasse sua pretensão, Helder trabalhou contra a ideia e fez birra para que o local abrigasse um campus da UFPA ou IFPA, justamente no momento em que o MEC interiorizava o ensino de terceiro grau fazendo a UFOPA, na região oeste; e a UNIFESPA na região sul.

Resultado I: nem o enorme déficit habitacional ananin foi combatido, muito menos o campus concebido pelo então prefeito virou realidade. Resultado II: Helder deixou de ganhar a eleição pro governo do estado, ainda no primeiro turno, por pouco mais de 8 mil votos e perdeu no segundo turno, principalmente por conta das expressivas votações de Simão na Região Metropolitana de Belém. Até Barbalhinho admite que a farta distribuição do benefício governamental chamado 'cheque-moradia' fez a diferença na virada e consequente vitória de Simão. Contando, claro, com o desatino lá de trás, cometido pelo candidato derrotado. Paciência!