Não enrola, Simão!

Nada mais desastroso do que um governante refém do vício da marquetagem, vendida como virtude administrativa, mas, na prática, um conjunto de "feitos" que não chegam a população, ou, quando chegam, ocorrem de forma negativa.

Por isso que, lamentavelmente, bravatas como a cobrança das taxas pelo uso de recursos hídricos e minerais podem até tapar rombos orçamentários, como ocorreu com a segunda, no ano passado, porém , passam longe de significar política pública consistente que traga benefício à população. Enquanto isso, agregar valor aos nossos produtos primários continua sendo um tabu para Simão, nunca cobrado como devia pelo abandono total da ALPA, mais uma vigarice retórica de que só seria viável com o derrocamento do Pedral do Lourenço, na verdade, uma atitude reacionária, politiqueira e lesiva aos mais altos interesses do povo do Pará.

Por isso que já nem causa mais perplexidade a lorota encenada na reabertura dos trabalhos na Alepa quando, com a cara mais envernizada que se possa ter, declarou que os recursos naturais são da população e não podem ser usurpados. Pena que essa constatação tenha uns vinte anos de atraso, na medida em que os recursos naturais que geram energia foram privatizados junto com a dita cuja, gerada e distribuída a partir deles, privatização que contou com a colaboração decisiva de Simão. Um falastrão!