Devolve, Gilmar!

Estranha, pra não dizer marota, a postura do ministro Gilmar Mendes pra justificar o "julgamento sem fim" que impõe à sociedade brasileira, no caso da ação movida pela OAB contra a influência do poder econômico na vontade do eleitorado brasileiro.
Passou o tempo todo dando palpite infeliz a respeito da conjuntura política, desancou o PT a quando da sessão de julgamento da referida ação, em autêntico show de impertinência e inoportunidade, e agora, quando está obrigado a votar, justifica sua enrolação com  a sentença de que o foro da reforma política é o Congresso.
Ora, ninguém está querendo que o ministro decida como será a reforma política, apenas que vote em uma ação que tramita há quase um ano, por sinal,  com resultado já  consolidado faltando apenas que o servidor público Gilmar cumpra seu dever.
Na verdade, está claro que o ministro descontente com o resultado já garantido, pondo fim ao sistema corrupto vigente herdado dos tempos da redentora, contribui com o segmento conservador da política, que vomita seu moralismo hipócrita, no entanto, quando se aprofunda qualquer investigação dessa natureza, lá estão as digitais de integrantes desse segmento na falcatrua então investigada. Tanto que se agarram de unhas e dentes em qualquer artimanha pra manter tudo como está, isto é, o império do poderio econômico no processo político nacional.