Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

(des)Respeitável público!


Segundo as gangues midiáticas que detém o monopólio da informação tradicional, o mercado não gostou da nomeação de Aldemir Brendine para a presidência da Petrobras. Como vivemos um tempo em que a moral é usada para tampar o furo da política, segundo palavras do filósofo Gilson Iannini, trataram de inventar um deslize moral do indesejado para já colocá-lo encostado na parede à espera do fuzilamento que virá, após a condenação sumária por intromissão.

A propósito, seria risível não fosse patética a acusação, em letras garrafais contra Bendine, de, na condição de presidente do Banco do Brasil, deixar que uma empresária recebesse empréstimo milionário do banco, quando seu(dela) cadastro continha restrições impeditivas de crédito. A restrição seria uma "fabulosa" dívida de R$963,90(oooohhhhhh!!!!!), que nem seria de responsabilidade da empresária tornada pivot de mais esse escândalo fabricado, já que a dívida era referente ao cartão de crédito empresarial, usado normalmente por outro executivo da empresa, conforme atesta a própria reportagem.

Evidentemente, se fosse uma notícia a respeito do fato específico, cambiando-se a ênfase à uma possível negativa de crédito pelo mesmo motivo, claro que o PIG desceria o malho na burocracia do governo acusando-o de inibir o instinto animal do empresariado brasileiro com filigranas burocráticas. No entanto, como o interesse do mercado é o moralismo que faz as vezes da política e obedece aos ditames dessa entidade "mercado", o corriqueiro torna-se questão de lesa-pátria.

O ex-ministro José Dirceu começou a cair quando Valdomiro Diniz, à época funcionário da Casa Civil, foi alvo de um filme amplamente divulgado mostrando o recebimento de propina por parte de Valdomiro. Só que o filme foi feito anos antes, quando ele era servidor da LOTERJ. Divulgado com estardalhaço e quase sem referência ao momento do delito, Dirceu foi linchado, cassado e condenado com o voto emblemático da ministra Rosa Weber que declarou, "Não há provas contra o ex-ministro, porém a literatura jurídica me permite condená-lo". Pelo visto, o arcabouço literário posto utilizado por certos juízes é oriundo da produção "psico-economês pseudo-científico" do jornalismo tupiniquim, conforme nota o professor Iannini. Que espetáculo!



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