Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Há um patife entre nós

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Lula sempre repetiu que fundou o PT quando entendeu que sindicato era pra organizar a classe trabalhadora e partido pra organizar a sociedade. Por mais que o Partido dos Trabalhadores tenha na presidência da República um quadro seu, isto não dá à direção do movimento sindical o direito de ser comodista e contornar a luta por novas conquistas sociais, consequentemente, por uma sociedade diferente dessa, herdada de cinco séculos de governos despachantes dos interesses de uma elite corrupta, autoritária e obscurantista.

Esclarecida essa diferença, convém também fazer uma ressalva a respeito da luta dos trabalhadores, bem como das lideranças que dirigem essa luta na perspectiva do enfrentamento contra o conservadorismo resiliente, principalmente neste momento, em que os teóricos da direita julgam propício enfraquecer o governo, pois veem a possibilidade de uma ruptura institucional.

Nesse sentido, é patético que um vassalo dos interesses da elite, como o arqui pelego Paulinho Pereira da Silva, que usa o mandato parlamentar que detém para continuar manipulando parte da Força Sindical, apareça como uma das lideranças desse movimento que ora se forma contra o chamado 'Pacote de Maldades', do ministro Joaquim Levy, aproveitando sorrateiramente a ocasião pra dar ao discurso demotucano um ar de combatividade, como se dos trabalhadores fosse.

Com efeito, todas as agressões sofridas pelos direitos dos trabalhadores, na nossa história mais recente, contaram com a colaboração desse vil quinta coluna que nunca negou seu apoio ao que o governo FHC propôs. Ficou famoso o mico que esse patife pagou, na eleição presidencial última, quando encenou uma farsa ao lado do noiado Aécio Neves, no horário eleitoral, quando reuniu um pequeno grupo de aposentados para ouvir do tucano que este, caso eleito, acabaria com o fator previdenciário. Pressionado pelos patrões, no dia seguinte, o candidato desdisse o que havia dito e a cara do salafrário Paulinho nem tremeu.

Assim como não treme nesse momento em que sobe no palanque dos trabalhadores para falar de conquistas sociais que visivelmente despreza. Que os trabalhadores pensem nisso e repudiem essa presença nos eventos, com a mesma veemência com que combatem as propostas de Levy, caso contrário está aberta a porta da legítima luta dos trabalhadores àqueles que despolitizaram as mobilizações de junho de 2013, permitindo a apropriação midiática e reacionária da situação por parte da direita golpista.

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