Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

A Resolução da UEPA sobre a política de cotas é uma vigarice

Tem uma forte inhaca da velhacaria a nota da promotora Graça Cunha, sentenciando legalidade onde não há, na maracutaia tramada em família para fazer da filha de um dono de escola privada cotista pra estudar de graça, coisa que certamente papai-maroto não permite a quem porventura o procurar e pedir uma bolsa de estudos.

É sintomático que a promotora não faça qualquer referência à Lei Federal e seus considerandos, que enfatizam a necessidade de inclusão daqueles que estão à margem por questões econômicas, jamais referindo-se aos filhos bem nascidos que obviamente estão desobrigados de pagar mensalidade escolar pro próprio pai por razões óbvias.

Com efeito, a Resolução da UEPA, do jeito que está redigida, é vaga e totalmente inútil enquanto norma geral de disciplinamento das cotas. Pode até não ter sido feita de encomenda, algo difícil de acreditar. No entanto, fato é que permitiu a uma candidata que já havia tentado algumas vezes sem sucesso ingressar no curso de Medicina daquela universidade usasse do fato de ser bolsista integral do colégio do próprio pai como único critério respeitado pelo edital, desprezando-se o critério mais importante: a condição econômica do beneficiário, fundamental no espírito da lei. Enfim, pode até ser aceito pela direção da nossa universidade estadual, mas é flagrante que trata-se de uma artimanha que desabona, tanto a conduta do pai da aluna quanto da universidade, assim como o sofisma da promotora, passível de anulação por decisão judicial a qualquer tempo.

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