Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Vem aí mais modernidade tucana


Não há como ocultar. Os dois principais motivos que levaram o governador Simão Jatene a mandar Mensagem à Assembléia Legislativa redesenhando a máquina administrativa do estado são: interiorizar o PSDB, depois da surra que levou pelo interior do estado a ponto de ter ficado a 8.555 votos de ver a eleição decidida em favor do adversário, já no primeiro turno; e a necessidade de fazer economia de guerra a fim de honrar os "restos a pagar" deste ano, principalmente nos meses ditos eleitorais.

Só o malsinado 'cheque-moradia', fantasticamente triplicado em dez dias aquilo que previa gastar em todo o exercício financeiro, sacrificará grande parte dos 'aspones' que o governo terá de cortar ano que vem a fim de economizar os tais R$15 milhões prometidos com economia no pagamento de pessoal. Não que isto seja um valor absoluto, longe disso. Apenas vislumbra-se um deslocamento para o interior de uma parte dessa chusma de assessores, que deverão enfeitar os tais centros regionais que estão sendo criados.

Outra coisa que chama a atenção na mensagem governamental é a proposta de extinção de cinco secretarias Gestão; Infraestrutura e Logística; Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção; Promoção Social e Proteção e Desenvolvimento Social. Chamam a atenção não por que seja digno de lamento qualquer uma dessas extinções, mas, pelo fato de terem existido sem que tenham prestado qualquer serviço relevante à população que as custeou. Se perguntarem a qualquer graduando, pós- graduando e até a doutores da área da administração pública, qual a função desses espaços de difusão de favores governamentais, não preencherão os dedos de uma das mãos o número daqueles que responderão acertadamente a tão incômodo questionamento.

Claro que essas medidas, repita-se, são mais consequências do desajuste deste exercício do que propriamente busca de eficiência. Se fosse pra valer, certamente que Simão começaria sua economia pela área de turismo, em vez de manter sombra a sombra uma secretaria e uma companhia do setor, sendo que, até hoje, essa atuação conjunta não foi capaz de atrair um mochileiro sequer acometido da mesma distração que se abateu sobre a esquadra de Pedro Álvares Cabral, continuando o turismo no Pará  como mera peça decorativa enquanto política do governo estadual.

Finalmente, essa mensagem governamental anuncia sutilmente que as diversas categorias de servidores públicos experimentarão o dissabor de adentrar em uma situação ainda, depois de julgarem ter vivido nesses quatro anos o clímax do arrocho. O simples reajuste do salário mínimo, já a partir de janeiro caso seja votada a tempo o Orçamento Geral da União, certamente levará Simão, e sua parceira titular da SEAD, a recorrer aos contorcionismos que resultam em subtração de remuneração decorrente de conquistas profissionais de décadas. Tá feia a coisa!

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