O IBGE deu deu hoje uma boa notícia ao país.
Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar, a percentagem de brasileiros que passam fome (o que os técnicos chamam de “insegurança alimentar grave”, um belo pleonasmo), caiu muito nos últimos quatro anos.
Eram 6,9% em 2004, baixaram para 5,0%, em 2009 e, em 2013, são 3,2%dos brasileiros.
Ainda assim, uma montanha de gente.
Como, aliás, O Globo registra em sua manchete, Mais de sete milhões de pessoas ainda passam fome no país, sem dizer, claro, que eram mais que o dobro há alguns anos, quando seus queridos tucanos davam as cartas.
A Folha segue na mesma toada: A fome caiu 1,8 ponto percentual entre 2009 a 2013 .
Curioso é que se a inflação passar de 0,3% para 0,6% o título dirá que ela dobrou, não que ela aumentou 0,3 ponto percentual.
É um festival de irrelevância os detalhes que procuram destacar, como o fato de que 10% das pessoas nessa condição tenham microcomputador (Aumenta percentual de famílias sem comida, mas com internet, diz IBGE).
No mundo do consumo e da informação querem o quê? Que as pessoas pobres não desejem as ferramentas da vida moderna?
É uma versão high-tech do “pobres e ainda querem ter filhos”.
É o retrato de uma elite, que se expressa em sua mídia, que desfaz dos avanços e acentua as carências para que as pessoas não percebam a mudança.
(Tijolaço)
Nenhum comentário:
Postar um comentário