Jorge Paz Amorim

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Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O imbroglio da eleição presidencial na Câmara Federal

A oposição já entrou naquela fase de sonhar acordada com a candidatura de Eduardo Cunha(PMDB-RJ), pra suceder Henrique Eduardo Alves na presidência da Câmara Federal, e assim manter aceso um foco de tensão permanente entre governo e parlamento a partir da elaboração de uma pauta que provoque a paralisia geral do governo, já a partir do final deste ano, caso não seja votado o Orçamento Geral da União até dezembro, tendo que ser votado no ano que vem.

Pra reforçar essa tática, já pensam em lançar até um outro candidato, seria o deputado Miro Teixeira(PROS-RJ), mas um 'Marinista' convicto se esta conseguir atar a sua Rede, ou seja, pertence a um partido aliado do governo, mas faz oposição sistemática e certamente dividiria ainda mais a base, já bastante esgarçada conforme já mostra o comportamento do próprio Eduardo.

Na prática, porém, a teoria é outra. Da montanha de partidos que terão assento na Câmara, seguramente a grande maioria tende a fazer parte da base governista. Partidos de porte médio como PDT, PR, PROS e PSD possuem bancadas suficientemente numerosas capazes de compensar a perda das dissidências, principalmente a pemedebista que fechará em torno de Cunha. Não por acaso, já surge uma alternativa governista na disputa, um nome do partido do vice-presidente, que não seja Eduardo Cunha, e o PT renunciaria à participação no pleito.

Essa solução de contornos salomônicos será, obviamente se obtiver êxito, um golpe muito duro nas pretensões da oposição na medida em que escanteará Eduardo colocando-o pra sempre no gueto oposicionista e cada vez menos influente, tanto internamente em seu partido quanto em outras siglas, pois nada terá a oferecer. Diferente da atual conjuntura quando dispõe de uma quantidade de cargos para abrigar correligionários de aliados seus que votam sempre contra o governo.

Enfim, esticar a corda contra um governo reeleito pode não ser boa prática, principalmente se o embate ocorrer sob o clima de tensão provocado por uma oposição ainda inconformada com a perda de uma eleição que julgava exitosa a partir do 'Golpe de Veja'. A derrota foi imposta pela vontade da sociedade brasileira e isto há de pesar futuramente. Até mesmo porque, demandas sociais reprimidas podem fazer tornar às ruas parcelas significativas da população, em vez desses grupelhos reacionários e seus pedidos estapafúrdios. A conferir.

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