Quarta-feira(26) fui assistir ao jogo TunaxCastanhal, que decidia uma vaga na próxima fase do Campeonato Paraense, vaga essa que ficou com o Castanhal e mais uma vez frustrou a todos que, como eu, torce pela recuperação da simpaticíssima Águia Guerreira.
Mas não é a lamentação, e sim a constatação, que me leva a escrever esse post. A constatação que o futebol vai definhando aqui pela nossa Região Metropolitana enquanto, alvissareiramente, desenvolve-se nas demais regiões do estado. Também não quero, e não vejo relação causal, entre a perda de espaço por aqui como intimamente ligada ao surgimento da força emergente do interior.
A ascensão de Cametá, S. Francisco, Águia, Castanhal, Independente, entre outros, tem muito pouco a ver com sumiço de Tiradentes, Sport Belém, com a agonia de Tuna e Ananindeua, assim como a incerteza de um futuro melhor que ora ronda o Clube do Remo. Todos esses clubes da capital sofrem mais por má gestão crônica e de longa duração do que são vítimas de concorrência, apesar da fórmula do chamado Parazão.
Todavia, a atual situação do nosso futebol mostra que a atual gestão concebida é crônica sistemática do desastre anunciado, principalmente diante de um calendário altamente nacionalizado, relegando a grande parte desses clubes exíguos dois ou três meses de atividade. Ou a FPF sai do seu comodismo irritante e adota uma outra fórmula, que abra a possibilidade de um tempo maior de atividade para esses clubes, ou corremos o risco de ver no futebol o que hoje acontece com o nosso outrora pujante basquetebol.
Mas isto, repita-se, só ocorrerá se a Federação tratar o assunto com um olhar voltado para o interesse dos clubes. Enquanto em alguns estados o campeonato regional desenvolve-se por quase o ano inteiro, de onde saem aqueles que se juntam aos grandes pra disputar a última fase, aqui parece haver uma pressa em encerrar em pouco tempo as atividades de boa parte desses clubes, reduzindo custos e pauperizando o nosso futebol, apesar da tão decantada e comprovada nacionalmente paixão do paraense pelo futebol. Como estatutariamente são ligas amadoras que garantem o poder político dos donos da FPF, esta parece não se importar com a falência do futebol profissional. Lamentável!
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