Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Simão e o Barão de Münchausen

Ocultação de cadáver nunca foi e jamais será prova de inocência. Antes, ao contrário, quando descoberto revela na sua plenitude a identidade do culpado.
Assim, quando o jornal O Liberal se recusa a divulgar o resultado da pesquisa do IBOPE, o instituto oficial da Rede Globo a qual o jornal é filiado, a respeito das intenções de votos para o governo do Pará, optando por contratar institutos locais, por mais respeitáveis que sejam os contratados, fica claro que o jornal agiu como panfleto de campanha ao ocultar o resultado- 52% pró Helder contra 48% pra Simão- medido pelo IBOPE a fim de favorecer o candidato que apoia, quando nada, segurando a motivação da tropa que faz campanha pro tucano.
Claro que chegamos na fase do vale-tudo da campanha, e não vamos ser cínicos ou ingênuos a ponto de imaginar que alguém faz campanha sem atingir esse nível. No entanto, ocultar um dado extremamente relevante da disputa simplesmente por obnubilar a conjuntura desfavorável, é como atrasar o relógio que traz no pulso a fim de evitar os acontecimentos. Aí é auto engano e demonstra mais fraqueza do que firmeza, principalmente porque não há nada no horizonte que venha em socorro do candidato da situação capaz de faze-lo mudar o quadro adverso.
Vítima do próprio discurso que escolheu para tocar em frente sua campanha, em razão do rosário de fatos adversos desvendados durante a disputa, resta ao governador recorrer ao resgate daquilo que considera sua joia mais preciosa, a atual gestão, todavia, o povo a vê como um falso brilhante. Como se fosse o Barão de Münchausen, aquele que dizia à uma plateia incrédula que tinha escapado do pântano puxando-se pelos próprios cabelos e assim sobrevivido, daí ter se tornado o símbolo lendário do falseamento da verdade. No caso de Simão, nem cabelos há.

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