Jorge Paz Amorim

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Belém, Pará, Brazil
Sou Jorge Amorim, Combatente contra a viralatice direitista que assola o país há quinhentos anos.

sábado, 4 de outubro de 2014

A reta final

Reta final da eleição, tudo parece indefinido aqui no Pará dada a polarização entre o atual governador e o candidato pemedebista, prenunciando uma disputa eletrizante. Certo é que, quando chega a hora da decisão, o povo assume o protagonismo e vai às ruas fazer a festa da democracia, apesar de todo o bombardeio conservador feito pela mídia, que criminaliza a política toda vez que a direita encontra-se em apuros, tentando salvar os seus através da responsabilização de terceiros.

O atual governador do Pará e candidato à reeleição passou a maior parte do tempo desse seu segundo mandato  fazendo charminho de enfadado, de desapegado do poder e declarando que era contra o instituto da reeleição, por sinal, fruto de Emenda Constitucional às custas de compra de votos para dar um segundo mandato a FHC, conforme é do conhecimento até do reino mineral.

Simão, perto da hora decisiva, esqueceu tudo que falou ou fez, descobriu que seu tipo estava mais pra vilão que pra mocinho, conforme atestou a pesquisa que o deu como um dos quatro piores governadores do país, e passou a fazer campanha nos mais tradicionais moldes do fisiologismo, do qual esse criminoso 'cheque-cidadão' é o maior emblema, uma deslavada compra de votos nos moldes da folclórica repartição de uma cédula de papel moeda, dos tempos da República Velha, em que o eleitor ficava com uma parte e depois da eleição passava pra pegar a outra metade, colar e gastar. Simão está no jogo, mas é certo que passa por apertos e colhe os frutos das sementes do destrambelhamento político que plantou.

Por outro lado, Helder Barbalho não deixou a prefeitura de Ananindeua como aquela última colherada do prato de maniçoba que deixa o gosto de quero mais, no entanto, como tinha um projeto político/pessoal bastante definido na linha sucessório/familiar foi à luta. Virou radialista comandando um programa daqueles de estilo popularesco, ao mesmo tempo que dirigia uma vistosa entidade que congrega prefeitos de todo estado, apesar de não mais ser, assim continuou fazendo política partidária com o claro objetivo que pretendia fazer parte do jogo sucessório.

Depois da tragédia petista na disputa da prefeitura de Belém, quando o partido colheu a mais pífia votação de sua história, surgiu o boato que o partido não lançaria candidato à sucessão estadual. Do boato, com fundo de verdade, ao fato consumado surgiu uma inédita aliança já no primeiro turno, tanto para o executivo quanto pro legislativo, algo que pesou bastante no equilíbrio do jogo e explica a competitividade de uma candidatura que começou sob o estigma do nome familiar.

Segunda-feira é dia de juntar os cacos ou reunir a tropa que tomará conta do Pará  nos próximos quatro anos. Seja quem for o vencedor, a perspectiva é alvissareira pra nós na medida em que a reeleição de Dilma Roussef dá pinta de ser questão de horas ou dias. Assim, nosso estado entra pela porta da frente, finalmente, no debate da infra estrutura que necessitamos para darmos um salto de qualidade no desenvolvimento que necessitamos. Simão passou quatro anos dando dribles e evitando essa agenda. É certo que não terá condições políticas de sustentar essa postura irresponsável, caso seja reeleito. Já Helder, que, caso eleito, certamente começará a preparar imediatamente as bases de sua reeleição, não deixará passar essa oportunidade de aparecer como o grande condottiere desse futuro que pinta em cores fortes o futuro dos paraenses.

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