Ela comparou a produção agrícola de grãos em 2003, quando o PT assumiu o governo federal, e hoje, e o salto é fantástico: a produção saltou de 96 milhões de toneladas/grãos para 200 milhões. Recordou que o início dos nossos governos naquele ano, o país não tinha política agrícola que merecesse esse nome e nem crédito garantido como tem hoje, de R$ 180 bi a taxas de juros subsidiadas, nada, comparáveis com os altos juros do passado.
São decisões de governo dessa natureza que fazem com que hoje o setor agropecuário tenha segurança para investir e o mercado para exportar. Daqui para a frente, destacou a presidenta, as prioridades do governo são a infraestrutura, o armazenamento e o escoamento das safras por hidrovias na Amazônia e por ferrovias no Centro Oeste e no Sudeste.
Até o fim do governo FHC Brasil sequer tinha política para agricultura familiar
Lembrou, ainda, que naquele 2003 no Brasil não existia política para a agricultura familiar e a política de extensão e assistência técnica rural estava desestruturada. A reforma agrária, então, nem se fala, estava paralisada ou sem recursos, sem contar que não havia vontade política de desapropriar e assentar trabalhadores sem-terra. Demonstrou, então, que juntos, os três governos, dela (2011-2014) e do presidente Lula (2003-2010) fizeram a maior reforma agrária da história do país.
Como demonstração do quanto o país avançou de lá para cá, citou, ainda, que a maioria das demandas da CNA está sendo atendida e que o diálogo e a negociação têm sido a regra nas relações com o setor, como demonstra a aprovação do Código Florestal, apesar de todas divergências em torno dele, que não são e nem eram poucas dentro da sociedade.
A presidenta foi direta e clara com relação, ainda, a duas outras questões também polêmicas e complexas: a terceirização e o acordo com do MERCOSUL com a União Europeia (UE). Mais clara, impossível, quando ela garante: terceirização sim, mas sem precarização; e acordo com a UE sim, mas com abertura de seus mercado para nossas exportações, proposta que o bloco europeu ainda não apresentou.
Diálogo e busca de acordos marcam governos do PT
Aos que fingem não ver, ou demonstram ignorância quanto ao fato, a presidenta lembrou que também os EEUU ainda não fecharam um acordo com a UE, ao contrário do que propaga a oposição no país.
Sobre outros dois temas, caros ao agronegócio, a Proposta de Emenda Constitucional – PEC do Trabalho Escravo e a regulamentação da demarcação das terras indígenas, a presidenta foi direta: o trabalho escravo tem que ser exterminado, mas a legislação não pode deixar lacunas que possibilitem caracterizar como trabalho escravo outras formas degradantes de exploração do trabalho que violem a legislação trabalhista e os direitos humanos.
Nas questões da regulamentação das terras indígenas e da defesa do meio ambiente foi objetiva, também, acentuando que como já acontece em sua gestão, elas são tratadas pelo governo como um todo e não por esse ou aquele ministério ou autarquia. E sempre buscando o diálogo e o acordo.
(A Justiceira de Esquerda)
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